20 agosto 2014

Vacas de Basã -Decadência Espiritual

Ou“vi esta palavra, vós, vacas de Basã, que estais no monte de Samaria, que oprimis os pobres, que quebrantais os necessitados, que dizeis a seus senhores: dai cá, e bebamos” (Am 4.1)

A nação de Israel estava vivendo um período de prosperidade do ponto de vista material. Temporariamente, as guerras haviam cessado. Neste período o Crescente Fértil gozava de uma relativa paz. O Egito mostrava-se um tanto fraco e a Assíria procrastinava o seu ataque e preparava um projeto de conquista. Enquanto isto, o reino do Norte achava-se em seu apogeu no que tange a expansão territorial. Um surto de riqueza havia chegado e se instalado nas terras de Israel, o que, consequentemente trouxe certo conforto aos seus cidadãos. Foi um período conhecido como a “idade de ouro”. A sociedade esbanjava luxo e ostentava pompa. Os homens naquela época saturavam-se na busca do prazer pelo prazer. O hedonismo havia conquistado aquele povo. Tornou-se um império. Procuravam satisfazer todas as suas vontades sem temer as consequências. È neste cenário decadente e sorumbático que aparecem as vacas de Basã.

Tudo parecia normal até que um profeta oriundo de Tecoa surge para perturbar a paz aparente de Israel. Seu semblante rústico chamava a atenção. Não havia estudado em uma escola de profeta. Não era formado. Era vocacionado. Não tinha graduação, mas estava forjado com brio, revestido de convicção e permanecia compenetrado no propósito de transmitir a mensagem de Deus para uma sociedade apóstata. Sua mensagem colide com o senso comum. Eles possuíam prosperidade, mas não tinham espiritualidade. Construíram templos que jamais testemunharam à presença de Deus. A liturgia, embora animada e dinâmica, era vazia e indigente. Os santuários estavam cheios de pessoas vazias de Deus e desprovidas de santidade e glória. Em Betel (Casa de Deus) o sistema de adoração ao bezerro de ouro já durava 170 anos. A casa de Deus tornou-se habitação do bezerro de ouro. A idolatria edificou suas tendas nas terras de Israel. O povo precisava urgentemente ouvir a voz de Deus. Em breve, experimentariam um colapso nacional. A paz, assim como a religião era aparente. Deus levanta Amós. O ex-capataz de gado e condutor de boi agora é profeta do Altíssimo. Embora fosse leigo e não possuía o status de profeta, Amós estava disposto a exercer o ministério sem temer as represálias. Profetizou com vivacidade. Desmascarou uma pseudo-espiritualidade alimentada pelo frenesi de um culto que funcionava como entretenimento. Profetizou para o Rei, para as nações vizinhas, para o sumo sacerdote Amazias. Profetizou para os homens e mulheres de Israel. Chamou as mulheres de vacas de Basã. Um apelido exótico, que traz no seu corolário um tom de reprovação e uma gama de reflexões.

Basã no hebraico significa fértil. Esta era a região que ficava a Galileia conhecida por suas ricas pastagens destituídas de pedras. As alusões às riquezas e á fertilidade dessa região são frequentes nas páginas do Antigo Testamento (Dt 32.14; Ez 39. 18; Is 2.13; Zc 11.2). As vacas que ficavam em Basã viviam muito bem, assim como as mulheres do reino do Norte. O profeta denuncia a vida fútil daquelas mulheres. O materialismo havia dominado-as. A nação de Israel estava experimentando uma apostasia e elas permaneciam indiferentes, porque estavam ocupadas demais satisfazendo os seus apetites e caprichos. Eram mulheres sem personalidades. Foram levadas pela correnteza, infeccionadas pelos pecados dos varões. A religião estava decadente, o sacerdócio corrompido, a sociedade dividida, mas elas não se atentavam para estas coisas. Voltavam a sua atenção exclusivamente para a cor do vestido e o trançado dos cabelos que usariam na próxima festa. Estavam ocupadas demais com os seus próprios interesses. Abriam o sorriso quando na verdade deveriam esconder a face no intuito de se quebrantarem diante de Deus. Pisavam em qualquer pessoa no intuito de manter o padrão de vida faustosa. Eram damas nem um pouco gentis. Mulheres fúteis. Jamais tinham trabalhado um único dia, mas tinham tempo de sobra para gastar em seus luxos e festas intermináveis. Eram destituídas de educação, embora se esforçassem no intuito de seguir as regras de etiqueta. Oprimiam os pobres. Ostentavam grandeza. Eram individualistas. A nação estava prestes a experimentar um colapso, mas elas só estavam interessadas em satisfazer os seus apetites. Mulher fútil não é novidade. Já vem desde os tempos de Amós. O profeta declara que Jeová atacaria aquelas mulheres como um pescador que apanha os peixes com os anzóis. Seriam abruptamente arrancadas do seu habitat. Elas seriam vistas como lixo. Seriam arrebatadas da zona de conforto. Trocariam o luxo pelo lixo. Experimentariam o juízo de Deus. 

As mulheres Vacas de Basã existem até hoje. Não perderam suas características. Permanecem materialistas. Estão preocupadas exclusivamente com a aparência e nada mais. São fabricadas aos montes, quase que por atacado. Algumas, apesar de viverem em um ambiente cristão, continuam ocas. Assistem cultos e permanecem vazias. Ouvem pregações e continuam ignorantes. A verdade lhes foi obscurecida pelo excesso de materialismo. Preocupam-se demasiadamente com o cabelo, mas não examinam o coração. Algumas parecem manequins robóticos desprovidos de sentimento. Desejam bajulações. Buscam elogios. Querem ouvir palavras que massageiam o ego. Vivem para si e em torno de si. São essencialmente egoístas. O materialismo destrói tanto a nação quanto o ser humano. John Kelmon dizia: “Deus tenha piedade da nação cujas chaminés de fábricas levantam-se mais alto do que as torres da Igreja”. Deus tenha misericórdia das mulheres que cobrem o juízo para descobrir as vestes. Caminham errantes. Cegas, porém com saltos altos. Insensíveis no reino espiritual, detalhistas no que diz respeito às coisas materiais. Deus tenha piedade das mulheres cuja beleza se resume ao exterior. Deus tenha piedade das mulheres que fazem dos corredores da Igreja passarelas de desfiles. Basã, não é apenas a terra da fertilidade, especificamente nesta profecia, é o ambiente da futilidade.
Esse texto foi Escrito Pelo Irmão em Cristo Pastor Israel Trot

18 agosto 2014

O luto é uma estrada

Uma pessoa queria seguir Jesus Cristo, mas pediu a Ele que o deixa-se primeiro enterrar seu pai e depois o seguiria . E Jesus respondeu: deixe os mortos enterrarem seus mortos. Parece que Jesus aqui foi insensível, mas não! A verdade que nós discípulos , somos convidados por Ele a seguir em frente, se a dor de uma perda é uma cruz em lucas 9. 28 Ele diz: pegue sua cruz e siga-me. 

O luto é uma estrada, curta ou longa depende do entendimento que temos da nossa missão. Não podemos ficar nessa estrada por muito tempo na desculpa de sermos humanos e também sentimos dor. Sair da estrada do luto e seguir em frente não fará de nós seres insensíveis, mas sim pessoas conscientes de que nada pode nos impedir de continuar, Apóstolo Paulo disse: Pois eu tenho a certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o futuro; nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor. (Rm 8.38-39)


O amor de Deus em nós através de Cristo é o amor ao próximo, por isso precisamos seguir em frente. Lá na frente tem almas precisando de ajuda, quando digo almas me refiro também aos animais. Nós discípulos de Jesus Cristo precisamos estar sempre prontos á ajudá-los.  Beijo no coração de vocês.  

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