Romanos,
capítulo 11.
Muitas
igrejas falham em produzir Crentes que apreciam o mistério e a
complexidade de Deus. As igrejas são tão centradas no homem. O
louvor é muito centrado no homem. As pessoas dançam, batem palmas,
e cantam músicas tão altas que muitas vezes parecem música do
mundo. Os cultos se ocupam em fazer com que as pessoas se sintam bem.
Os sermões são pregados para entreter e novamente o objetivo é
fazer com que as pessoas se sintam bem consigo mesmas e ver como a
Bíblia as torna bem sucedidas ou encantadoras nomeio de seus amigos,
ao invés de fazê-las sentir a comumente desconcertante maravilha e
mistério e complexidade de Deus.
Vejam,
esse parágrafo de louvor 11 capítulos de ensinamento teológico
doutrinariamente rico e profundo. E é o que precede esse parágrafo
de louvor que torna o parágrafo em si mesmo tão maravilhoso! Nós
não podemos prestar o devido e adequado louvor a Deus até que nós
compreendamos a doutrina sobre Deus. Nós não podemos cantar com
alegria sobre o Deus que nós amamos até que nós aprendamos sobre o
Deus que nós amamos. As duas coisas caminham juntas. O louvor
decorre do ensino bíblico.
Uma
das razões pelas quais algumas pessoas não podem cantar os louvores
a Deus é simplesmente porque elas sabem muito pouco a respeito de
Deus. É muito difícil cantar um louvor que vem do coração com
relação a uma coisa que você não tem no seu coração! Mas quando
nós passamos um tempo lendo sobre Deus, estudando sobre Deus, tendo
prazer na Palavra de Deus – o resultado final será sempre louvor –
quer nós cantemos ou não – eu não sou muito de cantar tanto
quanto eu sou de louvar, embora eu ache que ambos sejam quase
inseparáveis. O que eu quero dizer é que o estudo doutrinário
profundo do Deus da Bíblia naturalmente conduz ao louvor e adoração
ao Deus da Bíblia. Você estuda essas doutrinas em Romanos – eu
quero dizer, realmente estudá-las, não simplesmente concordar com
elas quando vimos ao culto, tendo perdido um domingo aqui e ali, mas
realmente estudando-as sozinho, lendo e revisando cuidadosamente os
ensinamentos – e você vai se ver de joelhos em louvor e adoração
a Deus! Você já se pegou de joelhos simplesmente sorrindo e
agradecendo a Deus em seu momento de devocional? Esse é o resultado
natural de estudar as coisas profundas de Deus. Isso conduz ao
louvor. O louvor pode tomar várias formas.
Nós
podemos louvar a Deus simplesmente abaixando nossas cabeças e
fechando nossas bocas, como no Salmo
46:10:
“Aquietai-vos
e sabei que eu sou Deus.”
Isso é louvor. Essencialmente, o louvor é manifestado ao nos
curvarmos diante do Único Verdadeiro Deus da Bíblia. Juntos, eu
quero que identifiquemos algumas ações de louvor em nosso estudo
desse parágrafo cheio de louvor. Como esse parágrafo nos ensina a
louvar a Deus? Primeiro, nos ensinando a nos curvarmos diante da
complexidade de Deus.
I.Nós
devemos nos curvar diante da Sua Complexidade (33)
Deus
é complexo! Vejam novamente como Paulo coloca isso na primeira parte
do versículo 33: A
profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência
de Deus!A
tradução Philips coloca: “Francamente, eu fico impressionado diante da insondável complexidade da sabedoria e do conhecimento de
Deus.”Quando foi a última vez que você disse isso acerca de Deus?
Quando foi a última vez que uma coisa que você leu num livro
popular da livraria Cristã te fez fechar o livro, colocá-lo de
lado, fechar os olhos e dizer: “Eu fico maravilhado com a
insondável complexidade de Deus?” Quando Paulo menciona estar
maravilhado com a “profundeza” da sabedoria e conhecimento de
Deus, ele quer enfatizar a insondável profundidade do caráter de
Deus, uma profundidade que não tem fim. É como soltar uma pedra num
poço e nunca ouvi-la atingir o fundo porque não tem fim. Não há
“fim” para as riquezas da infinita sabedoria e conhecimento de
Deus.
Nós somos lembrados aqui acerca da natureza infinita de Deus. Nós somos finitos. Nós temos fim. Nossos corpos terminam com a morte. Há um limite para o que nós podemos fazer. Há um limite para o que o homem pode fazer e para o que o homem pode saber. Deus, entretanto, não é finito. Ele é infinito. Não há um fim para Deus. Não há um fim para Sua sabedoria e conhecimento. Ele conhece todas as coisas em todos os tempos, todas as coisas passadas, as presentes e as futuras, Ele conhece todas as coisas simultaneamente. Ele é infinito. Nós somos finitos.
Pense
nisso! Isso quer dizer que nós nunca vamos conhecer
Deus completamente.
Nós nunca vamos compreender Deus totalmente.
É isso que Paulo enfatiza na segunda metade do versículo 33: Quão
insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus
caminhos!Nós
nunca compreenderemos ou conheceremos Deus completamente. Algumas
vezes uma pessoa erroneamente diz: “Quando eu chegar ao céu, eu
vou saber tudo sobre Deus!” Não, você não vai. Deus é infinito.
Ah, Ele pode nos conceder vida eterna, mas nunca saberemos tudo sobre
Deus e não conheceremos como Deus conhece. Eu creio que nós
saberemos tudo quanto nós precisamos saber. Eu creio que nós
teremos as respostas para todas as perguntas que nos intrigam aqui.
Eu creio em tudo isso. A Bíblia diz em 1ªCorintios
13:12: “agora
conheço em parte, mas então conhecerei como também sou
conhecido.” Nós
teremos um conhecimento maior, mas não saberemos tudo! Nós não
somos oniscientes. Não somos Deus. Ele é Deus e nós não
somos. Quão insondáveis são Seus julgamentos e Seus caminhos vão
muito além! Somente Ele é infinito.
Quando
chegarmos ao céu e contemplarmos a beleza de Deus, nós nunca
enxergaremos tudo Dele. Nunca saberemos tudo Dele. Quão profundas a
riquezas da sabedoria e do conhecimento de Deus. Não há limite para
Ele. Ele é extremamente complexo. Ele é infinito. Assim, quando
chegarmos ao céu, nunca veremos tudo Dele.
Contemplando
a beleza de Deus e considerando todos os Seus atributos era como
contemplar um diamante multifacetado que nunca é visto em sua
plenitude! Imaginem olhar para um diamante e em cada volta do
diamante você vê um novo aspecto da beleza. Cada corte do diamante
revela algo novo da própria pedra. Agora, imaginem contemplar a
beleza de Deus e aprender mais sobre Ele no céu. Mas Deus é como um
diamante que nunca para de virar e nunca para de revelar. Toda vez
que Ele gira, nós vemos um outro aspecto da Sua glória, aprendemos
algo novo sobre o caráter Dele. Que pedra maravilhosa, interminável,
infinitamente sábia é nosso Deus! Nós passaremos a eternidade no
céu contemplando-o,
aprendendo com cada virada Dele algo infinitamente novo e
maravilhosos sobre Ele.Isso é um pouco do que o compositor do hino
tinha em mente quando escreveu essas palavras:Imortal,
invisível, único Deus sábio, Escondido em uma luz inacessível
aos nossos olhos.
Quão
“insondáveis” são Seus julgamentos – ou decisões – ou
métodos – muito além da compreensão. Seus caminhos não podem
ser rastreados, não podem ser seguidos. A imagem é a de um caçador,
“farejando” uma trilha. Depois de muito tempo, o caçador vai
rastrear aquilo que ele está procurando. Paulo diz: “Você não
consegue rastrear Deus.” Seus julgamentos e caminhos não são
rastreáveis. Suas decisões e métodos vão além da nossa
habilidade de compreensão. A mente de Deus é impenetrável. Paulo
prossegue para fazer a pergunta retórica no versículo 34: “Quem
conheceu a mente do Senhor?” Resposta? Quantos de vocês votariam
“Eu conheço?!” Quantos votariam “Ninguém?!” A mente de Deus
é impenetrável. Quão insondáveis são seus pensamentos e Seus
caminhos muito além.
Paulo
vem escrevendo mais recentemente sobre a doutrina da eleição. Ele
vem escrevendo sobre a forma misteriosa que Deus volta Seu coração
para determinar pessoas para a salvação, escolhendo alguns para
serem salvos, escolhendo os Judeus como Seu povo especial a despeito
dos Gentios, escolhendo Jacó a Esaú. Por que? Por que Deus escolhe
uns e não outros? Eu não sei. “Quão insondáveis são Seus
julgamentos e inescrutáveis os Seus caminhos.”
Lembrem
que a pergunta real não é: “Por que Deus não escolheu todos para
serem salvos?” A pergunta verdadeira é: “Por que Deus escolheu
salvar alguém?
Por que Ele escolheu Me salvar?” Sim, eu tive que por minha fé em
prática. O que eu quero dizer é que sim, eu fiz uma decisão para
receber Cristo, mas eu nunca teria feito isso se Deus não tivesse
primeiro vindo a mim, me resgatado do cemitério dos meus delitos e
pecados, me despertando da perdição da minha condição espiritual,
“acendendo a luz”, me dando Sua graça para que eu respondesse em
fé. Eu não sei. Quão insondáveis são os seus juízos e quão
inescrutáveis os seus caminhos.
Por
que Deus permite que o mal exista? Eu não sei. Quão insondáveis
são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus caminhos. Por que
Deus permite a existência do diabo? Eu não sei. Quão insondáveis
são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus caminhos.
Por
que Deus endureceu o coração de Faraó na história do Êxodo? Eu
não sei. Quão insondáveis são os seus juízos e quão
inescrutáveis os seus caminhos. Por que Deus não passa por cima da
teimosia do Seu povo e evita que eles vaguem no deserto por 40 anos?
Eu não sei. Quão insondáveis são os seus juízos e quão
inescrutáveis os seus caminhos. Por que Deus não pegou o exército
de Gideão e o reduziu de 32.000 para apenas 300 a fim de manifestar
Sua glória? Eu não sei. Quão insondáveis são os seus juízos e
quão inescrutáveis os seus caminhos. E falando de Gideão e seu
exército, qual é a intenção dessa estratégia de guerra – sabem
como é, trombeta numa mão e um jarro com uma lanterna na outra mão
– quebra o jarro, expõe a luz, soa a trombeta e vai para a
batalha! O que tudo isso significa?! Eu não sei. Quão insondáveis
são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus caminhos. E
quanto à forma que Deus escolhe para trazer salvação a esse mundo?
Nós esperaríamos que o Rei do mundo nascesse num palácio, porém,
Ele vem de maneira tão obscura, na pequena cidade de Belém, não em
um palácio de ouro, ‘numa manjedoura, sem um berço como
cama.” Por que? Eu não sei. Quão insondáveis são os seus
juízos e quão inescrutáveis os seus caminhos.
E
quanta à maneira que Deus torna conhecida aos outros Sua salvação?
Que tipo de marketing é esse, que Paulo chama de “a loucura da
pregação?” Eu não sei. Quão insondáveis são os seus juízos e
quão inescrutáveis os seus caminhos. E quanto à sua
enfermidade agora? E quanto à sua situação de estresse nesse
momento? E quanto a sua recente perda e luto? Eu não sei.
Quão
insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus
caminhos.
Disso
nós podemos estar certos: conquanto os julgamentos de Deus sejam
insondáveis e seus caminhos inescrutáveis, nós sabemos que é do
caráter de Deus sempre fazer o que é certo. Ele sempre faz o que é
certo. Porque Ele sabe de todas as coisas simultaneamente – e
porque nós temos esse tipo de conhecimento perfeito – nós podemos
ficar certos de que os caminhos de Deus são perfeitos. Ele está
fazendo o que é melhor para nós, permitindo que certas coisas
aconteçam porque Ele sabe que de alguma forma essas coisas são para
nosso bem. Ele é bom. Então o que Ele faz é sempre bom. Nós
devemos nos curvar diante da Sua complexidade. Em segundo lugar:
II.
Nós devemos nos curvar à Sua Soberania (34
– 35)
34
Porque quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu
conselheiro?
35
Ou quem lhe deu primeiro a Ee, para que lhe seja recompensado?
Deus
é soberano. Ele é um governante independente, completamente
auto-suficiente. Ele não precisa de ninguém e de nada. É o que
Paulo coloca aqui nos versículos 34 e 35. As 3 perguntas aqui são
verdadeiramente cheias de humor: Quem conheceu a mente de Deus?
Resposta, ninguém. Segunda pergunta no versículo 34, Quem se tornou
Seu conselheiro? Outra tradução diz: “Quem sabe o suficiente para
dar-Lhe conselho?” Ninguém ousa dizer, “Eu sou competente para
dar conselhos a Deus!”
Imagine
Deus vindo a nós e dizendo: “Ei, Eu estou de mãos atadas aqui. Me
ajude, Eu deveria fazer assim ou assado? O que você acha ? O que
você faria?” Isso é muito tolo, não é verdade?! Mesmo dizendo
isso, eu sinto que estou cometendo sacrilégio. Quem tem se tornado
conselheiro de Deus? Ninguém.
Contudo,
tem muita gente que está pronta para dizer a Deus o que eles fariam.
“Ah, eu teria feito isso ou teria feito aquilo. Eu não teria
permitido que isso ou aquilo acontecesse. Eu teria feito algo a
respeito.” Você deveria prestar mais atenção ao que você fala.
Você não está em posição de aconselhar Aquele que lhe deu o
cérebro que você está usando.
E
essa terceira pergunta no versículo 35, “Ou quem lhe deu primeiro
a Ele, para que lhe seja recompensado?” Pergunta: O que Deus nos
deve? Resposta: nada. Pergunta: O que devemos a Deus? Resposta:
tudo.
Deus nunca diz: “Obrigado”. Tem gente que às vezes se acha, e diz o seguinte, “Eu sou uma benção para Deus! O que Deus faria sem mim?” Deus vai prosseguir muito bem sem você. Você é dispensável. Você é substituível. Deus não precisa de você. Ele nunca diz: “Obrigado”. Ele é soberano. Ele não precisa de nada. Ele é totalmente auto-suficiente. Nós precisamos Dele. Ele quer que a gente vá até Ele. Ele quer que o amemos. Ele quer que agradeçamos a Ele. Ele quer que nos lembremos de que nossas vidas vêm Dele.
Deus nunca diz: “Obrigado”. Tem gente que às vezes se acha, e diz o seguinte, “Eu sou uma benção para Deus! O que Deus faria sem mim?” Deus vai prosseguir muito bem sem você. Você é dispensável. Você é substituível. Deus não precisa de você. Ele nunca diz: “Obrigado”. Ele é soberano. Ele não precisa de nada. Ele é totalmente auto-suficiente. Nós precisamos Dele. Ele quer que a gente vá até Ele. Ele quer que o amemos. Ele quer que agradeçamos a Ele. Ele quer que nos lembremos de que nossas vidas vêm Dele.
É
isso que torna a terceira ação necessária. Devemos nos curvar
diante da complexidade de Deus, nos curvarmos diante da soberania de
Deus, e em terceiro:
III.
Nós devemos nos curvar diante de Sua Glória (36)
36
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória,
pois, a ele eternamente. Amém.
Você
percebe? É tudo sobre Ele!
Tudo vem Dele e por Ele.
Então tudo existe para
Ele, isto significa que, tudo existe para os Seus propósitos, para
louvá-lo. Todas as coisas existem para a Glória de Deus.
Você
está neste planeta para a Glória de Deus. Você veio “Dele”.
Você foi criado “através Dele”. Você deve viver sua vida “por
Ele”. Este é o versículo 36. A sua vida não é para ser
vivida da seguinte forma: “Bem, aqui está o que vou fazer. Eu vou
fazer isso e isso e mais isso. Eu vou ganhar muito dinheiro fazendo
isso. Eu vou ter muito sucesso fazendo aquilo. Eu vou me aposentar e
fazer isso e aquilo.”
Nós
existimos “para Ele”. Estamos aqui “por Ele”. Nós
perguntamos “Deus, como posso te servir melhor e glorificar o
Senhor neste dia?” Como posso me preparar melhor para
viver para a Sua glória? Como este relacionamento vai me
equipar melhor para te trazer glória? Como essa transferência de
trabalho vai me posicionar melhor para trazer glória ao Senhor? Como
o meu final de semana vai me equipar melhor para te trazer glória?
Como o meu tempo excedente vai me equipar melhor para te trazer
glória? Como meu problema de saúde atual, meu problema financeiro,
minha dificuldade presente, vai te trazer glória?
Porque
é por isso que eu estou aqui. Nós devemos nos curvar diante de
Sua glória.