"Iahweh"
é mais um nome com que o hebreu invoca o seu Deus. Aliás, considera
que o próprio Deus quer que assim, para sempre, o invoque o povo que
Ele libertou do Egito com mão poderosa e braço forte (Ex 3,15). Se,
em primeiro lugar, o Deus de Israel quis ser invocado como El
Shaddai, ao querer ser invocado com o nome de Iahweh, a partir da
gloriosa libertação da escravidão dos egípcios, determinou que a
Bondade, que protegeu os Patriarcas, fosse, para sempre, lembrada
como o Amor que agiu com poder, movido pela compaixão, diante da
miséria e opressão em que vivia o seu povo. Iahweh significa:
"Aquele que é e que faz acontecer". É o "Sou"
que se revela através dos seus feitos. Esse nome não se aplica
somente à libertação da escravidão do Egito, momento em que "com
mão estendida e com grandes julgamentos"(Ex 6,6), Deus revelou
a sua glória e manifestou o seu poder.
O profeta Isaias o evoca ao
anunciar a libertação de Judá da escravidão de Babilônia: "Eis
o que diz o Senhor Iahweh, o teu Deus, o que pleiteia a causa do seu
povo: "Certamente vou tirar das tuas mãos a taça da vertigem,
isto é, o cálice, a taça da minha cólera. Tu não tornarás a
bebê-la jamais. Ante, pô-la-ei na mão dos teus opressores...Por
isto mesmo o meu povo conhecerá o meu nome, por isto mesmo ele
saberá, naquele dia, que "Eu sou", o que diz: "Eis-me
aqui" (Is 51,22s;52,6). "Serei o que serei" é,
portanto, a tradução exata de Ex 3,14, porque Deus quer, naquele
momento, anunciar que, por meio de fatos portentosos, o Deus de
Abraão, Isaac e Jacó, o "Deus do amor maternal" (Gn
49,25), revelará que é, também, Poder glorioso. O enriquecimento
progressivo no conhecimento de Deus mediante os nomes bíblicos de El
Shaddai e Iahweh, nos permite entender quem é Jesus na sua condição
divina, porque, como o próprio Jesus afirma, Ele é o "Sou"
(Jo 8, 24.28.58), o mesmo Iahweh que se revelou a Moisés na sarça
ardente. Assume a natureza humana na condição de Filho, mas ele é
consubstancial ao Pai e ao Espírito de forma que pode afirmar:
"Felipe, quem vê a mim, vê o Pai!.... Não crês que eu estou
no Pai e o Pai em mim? (Jo 14, 10.11); "Eu e o Pai somos um!"
(Jo 10,30).
Jesus
é o Pai e o Espírito que se revelam no Filho e com o Filho, segundo
o poder que já se manifestou quando da libertação da escravidão
do Egito e de Babilônia. Aliás, aquelas eram figuras da verdadeira
libertação que Jesus opera com a sua Páscoa, com o seu Êxodo. E,
se já os autores sagrados consideravam a libertação do Egito e da
Babilônia uma nova criação, com maior razão deve ser considerada,
como criação, a Redenção, momento em que Iahweh, na Pessoa divina
de Jesus, opera a libertação da escravidão do demônio e, pela
comunicação do seu Espírito divino, nos torna novas criaturas pela
participação à sua filiação divina.Disso tudo resulta que Jesus
é a mais plena revelação de quem é Deus. A Bondade nele se
manifesta no mais alto dinamismo do Amor divino, operando a nossa
Redenção.
Paz
em Cristo
A explicação mais completa que encontrei! Obrigada... Que Deus te ilumine cada vez mais!
ResponderExcluirExcelente. Estou a ler o livro a História e esse nome é mencionado várias vezes,obrigado pelo esclarecimento. Sinceramente Otacílio
ResponderExcluirMuito bom a explicação, Pois estou a ler a História da Bíblia.
ResponderExcluirEssa é também nosso entendimento e posição. A divindade de Jesus tem sido deturpada por alguns teólogos.
ResponderExcluirEssa é também nosso entendimento e posição. A divindade de Jesus tem sido deturpada por alguns teólogos.
ResponderExcluirObrigado pela sua explicação..
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirJoão Batista Deus lhe abençoe com bençãos espirituais
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