02 julho 2014

POR QUE PRECISAMOS ORAR ?

Por que precisamos orara se Deus já sabe de tudo o que vamos dizer e do que precisamos?
Na verdade Ele não sabe somente disso Ele sabe de muito mais do que isso! O salmista Davi declarou que “no Teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda” (Sl 139:16). Então tomando essa afirmação do salmista Davi e, por base, a sua pergunta gostaria de aprimorar mais ainda o seu questionamento. Por que precisamos viver se nossa vida toda já está definida? Simples, imagine-se num sofá assistindo sua vida passando como se você fosse apenas um mero espectador de sua existência, vamos supor que em um determinado momento dessa vida você assaltasse um banco, matasse o caixa e pegasse 60 anos de prisão por causa disso. Você acharia justo você sofrer isso sendo que você na verdade não viveu nada daquilo? Acho que não! Então por que eu vivo? Por que temos que viver uma vida definida? Simples, temos que vive-la para que todo o nosso senso de justiça seja satisfeito, temos que vive-la para que possamos nos considerar réu e juiz de nós mesmos, mas esse nosso julgamento vai apenas reafirmar algo que já haveria de acontecer. Tenho que viver para que quando alguém me julgar de ter roubado um banco e matado o caixa eu possa dizer “sim, eu fiz isso porque vivi uma vida, e na vida que vivi eu fiz isso” ou “não, eu não fiz isso porque vivi uma vida, e na vida que vivi eu não fiz isso”. Se formos julgados de ter cometido um mal numa vida em que não vivemos o nosso senso de justiça nunca vai aceitar esse julgamento, e com muita razão de não aceita-lo não acha? Mas, além disso, há uma outra simples razão do porque devemos orar, e essa razão é porque toda ação divina nesse mundo não acontecesse somente por ação divina, ou seja, toda ação divina é também composta por uma participação humana. Se lermos toda a Bíblia veremos que para tudo o que Deus faz há uma participação humana. Por exemplo, vamos pegar a abertura do mar vermelho em Êxodo 14 e 15. Acho que não precisamos discorrer sobre a impossibilidade que o homem tem de fazer algo dessa magnitude, acho que só a expressão “abertura do mar” como que dividindo o mar em dois já é grandiosa demais para imaginarmos que isso possa ser proveniente de mãos humanas, ou seja, sabemos que foi Deus quem fez isso, mas quando lemos a Bíblia, ou quando assistimos esse episódio em filmes ou desenhos animados, diante do espetáculo imaginável da abertura do mar vemos na base inferior da pintura do mar se abrindo a figura de um homenzinho vestido de vestes longas e braços erguidos, diante das duas gigantescas ondas que correm como um exército romano rumo a guerra cada qual em uma direção oposta, vemos um homenzinho, um rabisquinho em forma de homem de braços erguidos ao céu. Acho que a abertura do mar chama tanto nossa atenção que nos esquecemos desse risquinho, desse rabisco em forma de homem diante da abertura do mar. E agora lhe questiono, será que sem esse risquinho, esse rabisco em forma de homem o mar se abriria? O que você acha? Bem vamos ler a história como um detetive atrás de evidências a fim de encerrar o caso. Bem, vemos em Ex 14:16 a seguinte ordem “E tu, levanta o teu bordão, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco”. Ou seja, se Moisés não chegasse às margens do mar e estendido as mãos, ele nunca seria um rabisco em forma de homem diante da abertura do mar porque o mar nunca teria sido aberto. Moisés tinha que fazer a parte dele, a participação dele tinha que existir para que todo o resto acontecesse. Então, voltando ao questionamento, por que orar? Muito simples, como o mar da sua vida vai se abrir se você não fizer a sua parte? A abertura do mar já era uma coisa concreta antes de Moisés erguer os braços, mas se ele não tivesse feito isso, se ele não tivesse erguido os braços o mar jamais teria sido aberto. 

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