A
idolatria em meio ao povo de Israel foi sem dúvida, uma das
desobediências mais sérias; De consequências terríveis, na
história de seu povo.
A
ordem clara do Deus Eterno era de que não houvesse nenhuma forma de
idolatria a nenhum “deus”.
No
entanto, diante de suas faltas e da falta de um “mover” do
Eterno, segundo as suas expectativas, o povo terminava percorrendo o
caminho mais “curto”, em busca da resposta mais agradável, em
lugar da obediência à ordem do Deus único que queria livrá-los do
mal, além de fazê-los crescer.
Era
como hoje; a vontade em ser atendido, maior, do que a “entrega”
confiante nas palavras confirmadas por sinais e no próprio agir de
Deus no meio do seu povo.
Havia,
no entanto, apesar da dureza do coração do povo, uma consciência
de que o Deus único, não estava ligado a sensações, ou ritos
pagãos. Independente a isso, por temor, ou medo, sabiam que deveriam
obedecer.
É
importante lembrar de que Deus se manifestava a seus servos, porém
isso não era uma constante; Havia o período de “aprendizado”; O
período de “deserto”.
Havia
os profetas e com eles, a obediência ao Deus único; o que lhes
afiançava o caráter confiável diante do povo, por este mesmo Deus.
Além disso, eram eles, em sua obediência, o próprio exemplo aos
que ouviam.
O
falar do Deus altíssimo ao profeta vinha a partir do chamamento, mas
também, após este, através de um relacionamento com o servo
chamado.
No
entanto, este mesmo Deus que, se relacionava na medida em que o servo
se dispunha, também se “calava”, para trata-lo.
Em
dois momentos em especial, o Senhor se calava: Um, pelo pecado do
povo e outro, para que o povo aprendesse algo para o seu
crescimento.
Neste
segundo, era Deus, querendo quebrar o coração “duro” no meio do
seu povo.
Como
hoje, ele nos permite, para o mesmo crescimento em sua
vontade.
Independente
dos milagres instantâneos, que opera no meio do seu povo, Deus nos
trata de forma personalizada e gradativa; Tornar isso, algo prático
ou religioso é um tremendo equivoco.
Por
sua resistência em negar o “tratamento” em certos momentos, o
povo de Israel era saqueado, morto, vitimado por seu próprio pecado
em idolatrar ao que poderia “satisfazer” aos seus urgentes
anseios…
Em
oculto, sem observância à lei, sem obediência aos profetas, se
rendendo ao que ouviam de outros povos, misturando-se a hábitos
pagãos diversos… Enfim… De diversas formas, vez por outra,
muitos traziam deuses junto aos seus pertences, ou junto às suas
práticas.
A
leia era clara. Além dela, havia o conhecimento da consequência
pela desobediência.
O
povo de Deus era conhecedor de tudo isso. Se não atentavam para a
teoria, com certeza, a prática e sua terrível consequência, os
faziam saber.
Mas
porque o faziam? Qual o motivo que leva a uma pessoa cultuar um
“deus” ou uma prática??
Bastava
o povo não ter a resposta, segundo o que esperavam, que um deus
estranho era “adorado”.
Uma
infidelidade terrível no casamento entre Deus e o seu povo.
O
Deus que se fazia presente em meio ao povo, com cuidado, milagres e
sinais, mas acima de tudo, o resgatava e o protegia, era deixado de
lado, frente a dificuldades.
Hoje,
o que nos leva a “adorar” e a “prestar culto” ao que nos pode
“tirar” da sensação de “Deserto” que o Senhor nos
permite?
Por
motivos diversos, o que leva a “adoração” ou simplesmente
confiança em um “deus” ou situação, é a expectativa em ver
nestes, a “resposta” rápida; o vislumbrar do que conhecemos como
agradável; ou ainda, algo que nos leve a aliviar ou saciar a
necessidade, acostumada a ser saciada.
Pode
ser um hábito ou forma de vida. Pode ser uma visão de vida limitada
da qual tenhamos o controle…
Não
importa; A consequência é sempre a mesma quando lançamos mão de
um hábito em lugar da entrega total ao Deus da nossa vida, que nada
mais é, do que o hábito do novo homem.
Deus
não nos fez assim e tampouco, nos faz acostumados a essa prática;
É
coisa humana; Natural do homem que perdeu a arvore da vida, no
éden.
“…
E
digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como
andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente…”
Efésios 4:17
“…
Mas
vós não aprendestes assim a Cristo, se é que o tendes ouvido, e
nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus; Que, quanto ao
trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas
concupiscências do engano; E vos renoveis no espírito da vossa
mente…” Efésios 4: 20 a 23.
Deus,
nos leva a depender dele, simplesmente. Ele nos conduz sempre a uma
vida livre de sensações, apenas, mas recoberta de certezas; tais
como às que Adão tinha.
“… E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade”. Efésios 4: 24
Nada;
nem religiosidade ou dinheiro; Projetos, bens, amores, ou paixões;
Segurança terrena, ou qualquer outro, poderá se tornar um “deus”
que, “saciando” a nossa expectativa, nos tire da pura e simples
dependência e amor fieis ao Deus verdadeiro; Nem na nossa vida,
muito menos em nosso coração.
Cabe
a nós, em tempos de falsa liberdade, enxergar qual é, ou quais são
os “deuses” que trazemos conosco em oculto, ou ainda
publicamente, em hábitos que nos levam para longe da verdadeira
adoração e que ainda, nos aprisionam, nos impedindo uma vida de
conquistas verdadeiras para o reino do Deus único.