09 julho 2019

Coração Endurecido.



O texto de Hebreus nos adverte três vezes: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração…” (Hb 3.7, 15; 4.7). Então, isto deve ser muito importante! Coração duro: errante (v.10), perverso (v.12), incrédulo (v.12),  rebelde (v.16), desobediente (v.18), transviado: extraviado, perdido, desviado, corrompido (Sl 95.10). A causa da dureza do coração: o engano do pecado (Hb 3.13). 

A consequência: somos afastados de Deus! E quando nos afastamos de Deus, somos cada vez mais enganados pelo pecado! Exemplo do brinquedo “Vai/Volta”. Sl 95.6-11: “Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR, que nos criou. ​Ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas de sua mão. Hoje, se ouvirdes a sua voz, ​não endureçais o coração, como em Meribá, como no dia de Massá, no deserto, ​quando vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, não obstante terem visto as minhas obras.​Durante quarenta anos, estive desgostado com essa geração e disse: é povo de coração transviado, não conhece os meus caminhos. ​Por isso, jurei na minha ira: não entrarão no meu descanso.”.

O que é o “Dia da Provocação”?

Nm 20.2-12: “Não havia água para o povo; então, se ajuntaram contra Moisés e contra Arão. E o povo contendeu com Moisés, e disseram: Antes tivéssemos perecido quando expiraram nossos irmãos perante o SENHOR! Por que trouxestes a congregação do SENHOR a este deserto, para morrermos aí, nós e os nossos animais? E por que nos fizestes subir do Egito, para nos trazer a este mau lugar, que não é de cereais, nem de figos, nem de vides, nem de romãs, nem de água para beber? ​Então, Moisés e Arão se foram de diante do povo para a porta da tenda da congregação e se lançaram sobre o seu rosto; e a glória do SENHOR lhes apareceu. Disse o SENHOR a Moisés: Toma o bordão, ajunta o povo, tu e Arão, teu irmão, e, diante dele, falai à rocha, e dará a sua água; assim lhe tirareis água da rocha e dareis a beber à congregação e aos seus animais. ​Então, Moisés tomou o bordão de diante do SENHOR, como lhe tinha ordenado. ​Moisés e Arão reuniram o povo diante da rocha, e Moisés lhe disse: Ouvi, agora, rebeldes: porventura, faremos sair água desta rocha para vós outros? Moisés levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com o seu bordão, e saíram muitas águas; e bebeu a congregação e os seus animais. ​Mas o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Visto que não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não fareis entrar este povo na terra que lhe dei.”.

v.2: “Não havia água!” Isto nos fala que todos temos necessidades, inclusive as crianças, os jovens, os adolescentes! Foi Deus quem nos fez como somos, e achou importante passarmos por cada uma das nossas fases porque isto nos faz crescer. Deus se importa! Mas, ou faremos do nosso jeito ou nos submeteremos e dependeremos do Senhor! Adão e Eva optaram pela sugestão da serpente…v.3: “O povo contendeu!” Ao invés de buscar ao Senhor, pedir socorro a Ele, o povo murmurou. E a murmuração leva às contendas! E aí surgem as dúvidas, as perguntas… v.4: “Por que o deserto?” Só há duas maneiras de sairmos do deserto: Uma, a de Deus: aceitamos o deserto como uma prova; resistimos ao diabo e às suas ofertas e sugestões; morremos para nós mesmos e somos aprovados e levados, em Jesus, para uma vida vitoriosa! A Outra, a do diabo: nos rebelamos contra Deus, murmuramos e aceitamos as ofertas do nosso inimigo. Pecamos e, como resultado, morremos. Saímos do deserto para a morte espiritual! A escolha sempre será nossa, assim como foi com Adão e Eva!

v.5: “Lugar de cereais, de figos, de vides, de romãs, de água.” Ao contrário de Moisés, o povo de Israel preferia a “fartura” do Egito (do mundo), ao invés do deserto (a privação) de Deus! Ainda eram tentados pela concupiscência da carne (1Jo 2.15-17) e, na hora da provação (tentação), revelaram o seu coração.

v.6-12: Aos Pais!!! Temos que tomar muito cuidado para não ferimos a Rocha (Jesus!), devido à desobediência, os erros, os pecados dos nossos filhos. O Senhor disse: “… Visto que Não credes em mim, para me santificardes diante dos filhos…”! Somos chamados para santificarmos o Senhor perante os nossos filhos, e para isso temos que ser santos.

Em Neemias 4.14 somos encorajados a lutar por nossos filhos e famílias; a favor deles e contra o diabo. E muitas vezes agimos ao contrário!!! O que Deus espera de nós, pais? Que ensinemos nossos filhos no caminho em que devem andar (Pv 22.6)… Não é ensinar O caminho, mas NO caminho!

Ensinar O caminho é pegar um mapa, mesmo desconhecendo o lugar, e dar as coordenadas que ele indica. Ensinar NO caminho é ir junto, é fazer o mesmo trajeto que o filho, é SER MODELO! Só podemos ensinar aquilo que já aprendemos (Sl 78.3-4)!!! Só há ensino/aprendizagem dessa forma. E isto não é mágica, é trabalho, é esforço, é envolvimento, é renúncia, é batalha espiritual… É suar sangue, se preciso for, e indispor-se com os filhos, quando necessário, por amá-los. É preferir ser pai ou mãe hoje, para tornar-se amigos dos filhos depois!

Jovens filhos, quando agimos dessa forma, quando endurecemos o nosso coração contra Deus e nos afastamos dEle, nós o provocamos e provocamos a sua ira (Hb 3.9-11; 15-19)! E por que Deus fica irado com os desobedientes? Porque anunciou a eles as boas-novas e fez maravilhas entre eles e, afinal, os libertou da escravidão do pecado! Mas a desobediência é pecado, e o pecado nos separa de Deus e nos leva a morte! Há um dia de descanso prometido por Deus, mas só entrarão nele os esforçados, os que, mesmo lutando, permanecem em pé, escolhem a obediência e buscam um coração quebrantado, rendido, que se deixa vencer. Não esqueçamos que, diante de Deus, todas as coisas estão descobertas, e a Ele prestaremos contas (Hb 4.11-13). Mas, aos arrependidos há esperança: Jesus se compadece das nossas fraquezas, e junto ao seu trono de graça encontramos perdão (Hb 4.14-16)! Como filho, nos dias da sua carne, Jesus aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu para tornar-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem (Hb 5.8-9). Um discípulo seu, um dia escreveu-nos: “[…] Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno.” (1ª Jo 2.14).

deuses” no meio Cristão




A idolatria em meio ao povo de Israel foi sem dúvida, uma das desobediências mais sérias; De consequências terríveis, na história de seu povo.

A ordem clara do Deus Eterno era de que não houvesse nenhuma forma de idolatria a nenhum “deus”.

No entanto, diante de suas faltas e da falta de um “mover” do Eterno, segundo as suas expectativas, o povo terminava percorrendo o caminho mais “curto”, em busca da resposta mais agradável, em lugar da obediência à ordem do Deus único que queria livrá-los do mal, além de fazê-los crescer.

Era como hoje; a vontade em ser atendido, maior, do que a “entrega” confiante nas palavras confirmadas por sinais e no próprio agir de Deus no meio do seu povo.

Havia, no entanto, apesar da dureza do coração do povo, uma consciência de que o Deus único, não estava ligado a sensações, ou ritos pagãos. Independente a isso, por temor, ou medo, sabiam que deveriam obedecer.

É importante lembrar de que Deus se manifestava a seus servos, porém isso não era uma constante; Havia o período de “aprendizado”; O período de “deserto”.

Havia os profetas e com eles, a obediência ao Deus único; o que lhes afiançava o caráter confiável diante do povo, por este mesmo Deus. Além disso, eram eles, em sua obediência, o próprio exemplo aos que ouviam.

O falar do Deus altíssimo ao profeta vinha a partir do chamamento, mas também, após este, através de um relacionamento com o servo chamado.

No entanto, este mesmo Deus que, se relacionava na medida em que o servo se dispunha, também se “calava”, para trata-lo.

Em dois momentos em especial, o Senhor se calava: Um, pelo pecado do povo e outro, para que o povo aprendesse algo para o seu crescimento.

Neste segundo, era Deus, querendo quebrar o coração “duro” no meio do seu povo.
Como hoje, ele nos permite, para o mesmo crescimento em sua vontade.

Independente dos milagres instantâneos, que opera no meio do seu povo, Deus nos trata de forma personalizada e gradativa; Tornar isso, algo prático ou religioso é um tremendo equivoco.

Por sua resistência em negar o “tratamento” em certos momentos, o povo de Israel era saqueado, morto, vitimado por seu próprio pecado em idolatrar ao que poderia “satisfazer” aos seus urgentes anseios…

Em oculto, sem observância à lei, sem obediência aos profetas, se rendendo ao que ouviam de outros povos, misturando-se a hábitos pagãos diversos… Enfim… De diversas formas, vez por outra, muitos traziam deuses junto aos seus pertences, ou junto às suas práticas.

A leia era clara. Além dela, havia o conhecimento da consequência pela desobediência.
O povo de Deus era conhecedor de tudo isso. Se não atentavam para a teoria, com certeza, a prática e sua terrível consequência, os faziam saber.

Mas porque o faziam? Qual o motivo que leva a uma pessoa cultuar um “deus” ou uma prática??
Bastava o povo não ter a resposta, segundo o que esperavam, que um deus estranho era “adorado”.
Uma infidelidade terrível no casamento entre Deus e o seu povo.

O Deus que se fazia presente em meio ao povo, com cuidado, milagres e sinais, mas acima de tudo, o resgatava e o protegia, era deixado de lado, frente a dificuldades.

Hoje, o que nos leva a “adorar” e a “prestar culto” ao que nos pode “tirar” da sensação de “Deserto” que o Senhor nos permite?

Por motivos diversos, o que leva a “adoração” ou simplesmente confiança em um “deus” ou situação, é a expectativa em ver nestes, a “resposta” rápida; o vislumbrar do que conhecemos como agradável; ou ainda, algo que nos leve a aliviar ou saciar a necessidade, acostumada a ser saciada.

Pode ser um hábito ou forma de vida. Pode ser uma visão de vida limitada da qual tenhamos o controle…

Não importa; A consequência é sempre a mesma quando lançamos mão de um hábito em lugar da entrega total ao Deus da nossa vida, que nada mais é, do que o hábito do novo homem.

Deus não nos fez assim e tampouco, nos faz acostumados a essa prática;
É coisa humana; Natural do homem que perdeu a arvore da vida, no éden.

“… E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente…” Efésios 4:17

“… Mas vós não aprendestes assim a Cristo, se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus; Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; E vos renoveis no espírito da vossa mente…” Efésios 4: 20 a 23.

Deus, nos leva a depender dele, simplesmente. Ele nos conduz sempre a uma vida livre de sensações, apenas, mas recoberta de certezas; tais como às que Adão tinha.

“… E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade”. Efésios 4: 24

Nada; nem religiosidade ou dinheiro; Projetos, bens, amores, ou paixões; Segurança terrena, ou qualquer outro, poderá se tornar um “deus” que, “saciando” a nossa expectativa, nos tire da pura e simples dependência e amor fieis ao Deus verdadeiro; Nem na nossa vida, muito menos em nosso coração.

Cabe a nós, em tempos de falsa liberdade, enxergar qual é, ou quais são os “deuses” que trazemos conosco em oculto, ou ainda publicamente, em hábitos que nos levam para longe da verdadeira adoração e que ainda, nos aprisionam, nos impedindo uma vida de conquistas verdadeiras para o reino do Deus único.

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