3ª João


Essa é a terceira carta canónica de reconhecida autoria do apóstolo João, desde os primórdios da Igreja, e atestada por vários dos chamados pais da Igreja. Nos primeiros versículos de 2 João, assim como em 3 João, o autor se identifica da mesma forma humilde e pastoral: “o presbítero” ou “ancião”. Outras semelhanças internas ainda são bem visíveis, como as expressões “amo, na verdade” ou “amo devido à Verdade”, no primeiro versículo das duas cartas, e “andando, na verdade” no quarto verso de ambas, bem como desfechos muito parecidos.

Propósitos

Jesus e o apóstolo Paulo já haviam dado instruções sobre como a Igreja deveria ser cordial e generosa no recebimento dos obreiros cristãos que realizavam árduo trabalho itinerante, levando de cidade em cidade a Palavra de Deus e a sã doutrina. Alguns falsos mestres, no entanto, tentaram negociar influências políticas e religiosas, bem como lucrar com as suas viagens e palestras. O objetivo do autor, nessa a sua segunda carta, é elogiar e encorajar o irmão Gaio por sua hospitalidade e sustento aos discípulos de João, verdadeiros mestres na Palavra. Esses irmãos haviam sido maltratados, em uma das igrejas da Ásia, por um líder carnal e autoritário chamado Diótrefes, que excomungava qualquer membro da comunidade que se mostrasse amável e generoso para com os missionários enviados pelo apóstolo. A carta de João é também uma advertência à arrogância prepotência dos ditadores.

Data da primeira publicação

Tudo indica que essa terceira carta tenha sido composta na mesma época que as duas anteriores, pôr volta do ano 90 d.C. Mais detalhes na introdução de 1ª João.

Esboço geral de 3ª João

1. Saudações apostólicas de João ao amado irmão Gaio (v.1-8)

 A. Fraternal e entusiástica saudação (v.1,2)

B. O testemunho do filho na fé jubiloso (v.3-8)

2. O contraste das atitudes tristes dos líderes carnais (v.9-12) 

A.O mau exemplo do líder apóstata Diótrefes (v.9-11)

B.O testemunho cristão de amor de Demétrio (v.12)

3. Saudações finais a Gaio e aos amados irmãos (v.13-1515

Leia e veja a diferença da linguagem e do propósito da Igreja nessa época.



3 João 1

1 Do presbítero ao querido Gaio, a quem amo de verdade.
2 o meu querido amigo, tenho pedido a Deus que você vá bem em tudo e que esteja com boa saúde, assim como está bem espiritualmente.
3 Fiquei muito contente quando alguns irmãos chegaram e contaram-me como você é fiel à verdade e como sempre vive, na verdade.
4 Nada me alegra mais do que ouvir que os meus filhos vivem conforme a verdade.
5 o meu querido amigo, você tem sido fiel naquilo que faz pelos irmãos, mesmo quando são estrangeiros.
6 Eles têm falado à igreja daqui a respeito do amor de você. Por favor, ajude essa gente a continuar a sua viagem de um modo que agrade a Deus.
7, pois eles começaram a sua viagem a serviço de Cristo sem aceitar nenhum auxílio dos pagãos.
8, portanto, nós, os cristãos, precisamos ajudar essas pessoas, pois assim poderemos tomar parte no seu trabalho de anunciar a verdade.
9 Eu escrevi uma pequena carta à igreja, mas Diótrefes, que deseja ser o líder, não quer dar atenção ao que eu disse.
10, portanto, quando eu chegar aí, vou chamar a atenção dele a respeito de tudo o que ele tem feito: as coisas horríveis que diz de nós e as mentiras que conta. Porém, ele não fica satisfeito só em fazer isso; pois, quando os irmãos chegam aí, ele não os recebe. E, se alguma pessoa quer recebê-los, ele não deixa e até a expulsa da igreja!
11 Gaio, meu querido amigo, imite o que é bom e não o que é mau. Quem faz o bem é de Deus, e quem faz o mal nunca viu Deus.
12 Todos falam bem de Demétrio, e a própria verdade fala bem dele. Nós também falamos bem a respeito dele, e você sabe que o que dizemos é verdade.
13 Tenho ainda muitas coisas para contar a você, mas não quero fazer isso por carta.
14 Espero vê-lo em breve, e então conversaremos pessoalmente.
15 A paz esteja com você! Os seus amigos mandam saudações. Dê saudações, pessoalmente, a cada um dos nossos amigos.

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