Apóstolo
Paulo, ao escrever a um dos seus mais diretos colaboradores - na
ocorrência, o jovem ministro Timóteo - alertou-o, entre outras
coisas, para o seguinte:
"Conjuro-te,
perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela
Sua manifestação e pelo Seu reino; prega a palavra, insta, quer
seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a
longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão
a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as
suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se
recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu,
porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faz o
trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério."
É válido, nos dias de hoje este conselho inspirado do apóstolo
Paulo? Absolutamente! Tanto que mesmo dentro da
Igreja remanescente de Deus, existem aqueles que (já) não suportam
a sã doutrina e se recusam a dar ouvidos à verdade! Por isso é
nosso dever, especialmente dos ministros da palavra (entenda-se: os
pastores, professores de teologia, líderes da Igreja), pregar essa
mesma palavra na sua simplicidade e pureza, instando, corrigindo,
repreendendo, exortando, quer seja oportuno, quer não, mesmo que, ao
fazer isso, tenham que suportar aflições! Terá sido por acaso que
o apóstolo disse a Timóteo "suporta as aflições"? Não
creio! Paulo sabia muito bem que, se Timóteo cumprisse "cabalmente
o seu ministério", iria seguramente ter de suportar aflições!
E porque "nada há, pois, novo debaixo do sol" (Eclesiastes
1:9) e também porque estas coisas "foram escritas para
advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos
têm chegado" (1ª Coríntios 10:11), será que hoje tenhamos um tratamento diferente daquele que Paulo e Timóteo e
muitos outros servos de Deus, no passado, tiveram?