11 agosto 2018

Melhor Não Terem Nascido?

 Todos, mesmo aqueles a favor do aborto sem restrições em qualquer fase da gestação, admitem que a decisão de abortar é algo sério. E a maioria das pessoas acredita que esta deve ser uma decisão bem informada. Assim, podemos supor que mais informações sobre a microcefalia seriam oferecidas, incluindo como ela afeta aqueles que possuem esta condição e as suas famílias. 

O que é notável no artigo do New York Times (pela ausência) é que não há entrevistas com quem possui microcefalia nem com as suas famílias, e nem são apresentados estudos de caso. O articulista ignora como as pessoas com deficiência reagem aos esforços para destruir nascituros semelhantes a eles.

Simplesmente presume-se que um diagnóstico de microcefalia é razão suficiente para destruir a criança no útero.

Por viver com um jovem que não tem microcefalia, mas tem graves deficiências de desenvolvimento, posso confirmar que é caro, e muitos dias são difíceis (mas também rimos muito na nossa família!). Ainda mais difícil, porém, é viver num mundo em que muitas pessoas acreditam e agem segundo a crença de que pessoas como o meu filho não deveriam ter nascido.

Viver num mundo assim pode ser assustador. Mas eu tenho uma esperança maior: Deus. E foi Deus quem fez o meu filho. Como o pastor John Piper observou num sermão sobre João 1:

Onde quer que você vá neste planeta e veja uma pessoa viva, você está a ver uma imagem da realidade absoluta, da realidade última, da realidade original: o Verbo, que estava com Deus e era Deus, e era a Vida. Você nunca conheceu um ser humano comum. Isso não existe. Todos eles são extraordinários. Todos eles são incríveis”.

Somos todos portadores da imagem de Deus. Observe que o pastor John não modifica a sua declaração “exceto se eles tenham uma deficiência”. Ele teria se dissesse isso. Deus nos informa gentil e especificamente na sua Palavra que a deficiência também está sob a sua autoridade soberana (Ex 4.11; Jo 9.1-3).

Mais uma vez, não espero que não cristãos compreendam a nossa esperança. Porém, quero encorajar os cristãos a se apegarem com fé à palavra de Deus e a agir de acordo com ela:

“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda a comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não veem são eternas”. (2ªCo 4.16-18)

Como cristãos, não abordamos o sofrimento destruindo a pessoa que sofre. Atacamos vírus para evitar surtos, eliminamos mosquitos, desenvolvemos vacinas, enviamos profissionais médicos e vamos nós mesmos; mas não matamos pequenos seres humanos. Confiamos que as suas promessas de sustento (Fp 4.19) são verdadeiras e os seus planos predeterminados (At 4.28) são perfeitos. Podemos responder de maneiras proativas e amorosas a famílias que sofrem com a microcefalia, bem como todas as outras deficiências, porque a nossa esperança está em Deus e não em nós mesmos.

Não acredite na mentira

Se você confessa a Cristo como Salvador e geralmente é pró-vida (contrário ao aborto), mas sente que o aborto nessas circunstâncias é razoável, você está acreditando em uma mentira. Peço-lhe que leia a totalidade das Escrituras e veja como Deus apresenta os propósitos do sofrimento e de todo tipo de dificuldades (ou leia, veja e ouça todos os recursos sobre “sofrimento” em desiringGod.org).

A relação do Zika vírus com a causa da microcefalia ainda não foi completamente entendida, mas é evidente que algo está acontecendo no Brasil. Oremos para que Deus conceda respostas e soluções e mostre como a igreja pode se envolver. Algumas das crianças afetadas estão sendo entregues por seus pais ao governo brasileiro para adoção; talvez uma dessas crianças deva fazer parte da sua família!

E devemos atacar o argumento satânico de que pode ser “melhor” para a criança com microcefalia e para a sua família se ela for abortada. Devemos nos compadecer daqueles que pensam dessa forma, porque são incapazes de ver o extraordinário poder de Deus e estão a caminho de uma realidade eterna que é pior do que qualquer um de nós pode imaginar. Em vez disso, temos que orar e evangelizar, e nos envolver com aqueles que apoiam o aborto, para o próprio bem e alegria deles, e pela vida desses pequeninos vulneráveis ​​e as suas famílias.

 Por: John Knight. © Desiring God Foundation. Website: desiringGod.org. Traduzido com permissão. Fonte: Disability Does Not Justify Abortion:
The Zika Virus Is No Excuse.     


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