01 novembro 2014

Evangelho Segundo Lucas


Autoria
Lucas o médico de homens e almas; o médico amado, como ficou conhecido (Cl 4.14). Irineu, um dos pais da Igreja, já citava o Evangelho Segundo Lucas em suas obras, por volta do ano 180 d.c.
Lucas, grande amigo e companheiro de ministério do apóstolo Paulo (2ª Tm 4.11; Fm 24), é o único autor gentio do Novo Testamento . Embora não tenha sido testemunha ocular da vida de Jesus Cristo, andou com Deus, cheio do Espirito Santo, o qual o inspirou a escrever este Evangelho e o livro de Atos e a servir como missionário até sua morte. Lucas nos informa que seu trabalho foi beneficiado pela obra de outros (Lc 1.1), que ele consultou várias testemunhas oculares(Lc 1.2), e que selecionou e dispôs as informações com extremo cuidado, sob a direção do Espirito Santo(Lc 1.3), a fim de instruir Teófilo quanto á fidedignidade da fé em Jesus Cristo(Lc 1.4).
Propósitos
O Evangelho Segundo Lucas é especificamente endereçado a Teófilo, cujo nome significa “aquele que amam a Deus e desejam saber a verdade sobre Jesus Cristo, Seu Filho, nosso Salvador. Lucas trata Teófilo por “excelentíssimo” o que reforça a ideia de que esse livro tinha como principal objetivo um leitor em especial: Teófilo, um alto oficial do Império romano que, segundo historiadores renomados, desejoso de conhecer a verdade, patrocinou Lucas nesse projeto e investigação acurada de todos os fatos concernentes à vida e obra de Jesus Cristo; cujo ensino já invadia Roma, convertendo multidões. Na mesma época surgiram vários relatórios falsos sobre Jesus e, tanto Teófilo, o Evangelho Segundo Lucas se inicia para todos os gentios. O autor revela interesse especial por detalhes médicos ( Lc 4.38; 7.15; 8.55;14.2; 18.35;22.50).Há grande ênfase nos acontecimentos relacionados ao nascimento de Cristo. Curiosamente, somente Lucas registra:
  1. A anunciação a Zacarias e Maria;
  2. Os cânticos de Isabel e Maria;
  3. O nascimento e a infância de João Batista;
  4. O nascimento de Jesus;
  5. A visita dos pastores;
  6. A circuncisão de Jesus ;
  7. Sua apresentação no Templo;
  8. Detalhes da infância de Jesus;
  9. Pensamentos íntimos de Maria, mãe de Jesus.
Lucas demostra grande interesse por fatos que se deram com indivíduos :
  • Os relatos de Zaqueu (Lc 19.1-10);
  • Do ladrão que se arrependeu (32.39-43);
  • A parábola do filho perdulário(23.29-43);
  • A história do bom samaritano(Lc 10.29-37);
  • O ex-leproso agradecido (Lc 17.11-19).
Lucas ainda dá especial atenção à disciplina espiritual da oração (Lc 3.21; 5.16; 6.12; 9.18,28-29; 10.21; 11.1; 22.39-46;23.34,46). O Evangelho Segundo Lucas dá grande destaque ás mulheres, algo incomum na época ( Veja os capítulos 1,2, 7.11-17, 36-50; 8.1-3; 10.38-42,21.1-4; 23.27-31,49) O livro apresenta quatro belos cânticos, conhecidos como: a Canção de Maria ou Canto de Maria (Lc 1.46-55), a Canção de Zacarias (Lc 1.67-79), o Glória a Deus nas Alturas (Lc 2.14) Cântico de Simeão(2.29-32). Lucas ainda reflete sobre o contraste da pobreza em relação á riqueza(1.52-53;4,16-22; 6.20,24-25; 12.13-21; 14; 16.19-31).
Este é o Evangelho do misericordioso Filho de Deus que oferece Salvação a toda humanidade(19.10)
Data da Primeira Publicação
Considerando que os últimos capítulos do livro de Atos mostram Paulo em Roma, e que o Evangelho Segundo Lucas foi publicado antes de Atos (At 1.1), podemos concluir que este Evangelho foi escrito entre os anos 50 e 64 d.c., em Cesareia, durante os dois anos em que Paulo esteve preso ali por pregar a Palavra de Deus(At 24.27). Lucas tinha completo domínio da língua grega da época. Seu vocabulário é amplo e rico, e seu estilo, algumas vezes se aproxima do grego clássico, como ocorre logo no prefácio (Lc 1.1-40), ao passo que em outras ocasiões assume um tom bem semítico ( Relativo ou pertencente aos Semitas) Lc 1.5-2,52,assemelhando-se á Septuaginta (tradução do Antigo Testamento para a língua grega). Seu vocabulário é sensível á cultura e geográfica de cada lugar sobre o qual narra fatos passados. Por exemplo, quando Lucas se refere a Pedro num contexto judaico, emprega uma linguagem mais semítica que nos momentos em que descreve Paulo, num contexto helenístico(grego).
Bíblia King James Atualizada

31 outubro 2014

Evangelho Segundo João


Autoria e data

O autor do quarto Evangelho é João, discípulo por quem Jesus tinha especial carinho, amizade e respeito (13.23;19.26;20.2;21.7;20.24).Somente uma testemunha ocular dentre o círculo mais íntimo dos seguidores do Senhor, como João, poderia fornecer tantos detalhes particulares como os que são citados nesse livro(12.16;13.29). Relatos especiais e algumas vezes indiretos da presença ou participação de João, são outros argumentos que comprovam sua autoria (1.37-40;19.26;20.2,4,8;21.20,24). Os pais da igreja como Irineu e Tertuliano declaram que João escreveu esse Evangelho, e todas as demais evidências corroboram com essa declaração. O fragmento de uma antiga cópia (datada do século), indica que o original é bem mais antigo e pertence seguramente ao período em que João vivia. Teólogos, biblistas e arqueólogos respeitáveis em todo o mundo concordam que a mais provável data de autoria do Evangelho de João esteja entre o final dos anos 50 da era e antes da terrível destruição de Jerusalém, no ano 70 d.c.

Propósitos

Vários e mundialmente reconhecidos pensadores e estudiosos apresentam diferentes interpretações quanto aos objetivos de João ao escrever seu Evangelho. Clemente de Alexandria chegou a declarar que João teria escrito para suplementar os relatos dos Evangelhos sinóticos. Outros afirmam que João escreveu para pregar uma mensagem cristã que fosse atraente ao sistema de pensamento helênico. E, outros ainda, acreditam que João desejava complementar teologicamente as doutrinas apresentadas nos demais Evangelhos, para combater as formas de heresias que começavam a florescer em seu tempo, bem como opor se aqueles que ainda seguiam fanaticamente as orientações de João Batista.

Contudo, o comitê internacional de tradução da Bíblia Kong James Atualizada, decidiu, simplesmente, dar evidencia á própria palavra de João acerca do proposito que teve ao escrever seu Evangelho: “Verdadeiramente Jesus realizou, na presença dos seus discípulos, muitos outros milagres, que não estão escritos neste livro. Estes, entretanto, foram escritos para que possais acreditar que Jesus é o Cristo, o filho de Deus, e para que crendo, tenhais em Seu Nome”(João 20.30-31).

Desde o prefácio do livro (1.1-18), com seu ponto alto“vimos a Sua Glória” (v.14), até a confissão de Tomé:“Meu Senhor e meu Deus”(20.28), o leitor é constantemente motivado a render-se incondicionalmente em adoração sincera e absoluta a Deus. O Senhor Jesus Cristo surge mais do que um simples homem sábio e poderoso, muito mais que uma representação da Divindade na terra. Jesus é o verdadeiro e único Deus, que se fez pessoa humana e habitou entre nós.

Toda via os judeus, esperando pelo seu Messias(Cristo), necessitavam de uma prova indiscutível sobre a reivindicação de Jesus de ser o prometido unigênito do Antigo Testamento, E João, preocupado que a ninguém faltasse essa convicção e a mensagem principal do Evangelho, apresenta essas provas em profusão. Milagres, ensinos e pregações selecionados dentre apenas cerca de vinte dias dos três anos de ministério publico de Senhor são publicados com o objetivo de comprovar a posição de Jesus Cristo como Filho de Deus. Vários sinais milagrosos realizados pelo Senhor revelam não somente o Seu poder divino, mas igualmente atestam Sua glória como único e verdadeiro “Eu Sou” (o nome de Deus em hebraico).
  • A água transformada em vinho; 
  • Comerciantes inescrupulosos e animais para sacrifícios expulsos do templo;
  • O filho do nobre curado à distância;
  • O paralítico curado no sábado;
  • As multiplicações de pães e peixes;
  • O caminhar tranquilo e onipotente sobre as águas revoltas;
Todos esses milagres e maravilhas revelam quem é Jesus Cristo e o que Ele faz.
Passo a passo, João descreve Jesus como a fonte da nova vida, a água da vida, e o pão dessa nova e eterna vida. Até seus próprios inimigos batem em retirada e se rendem perante o “Eu Sou”, que seguiu confiante para Jerusalém, onde se ofereceu voluntariamente, e, sacrifício eterno pela humanidade, por meio do seu sofrimento e crucificação(18.5,6).

O logos (a palavra, em grego)eterno se fez carne (humanizou-se) e fez da terra sua habitação temporária com a finalidade de salvar o ser humano das amarras do pecado, da condenação eterna e restaurá-lo à comunhão original e ideal com Deus(1.14), bem como a uma vida de santidade(estilo de vida em que a expressão sincera de adoração a Deus e amor ao próximo ocupam lugar de prioridade absoluta).

Por meio exclusivo de Sua Graça, homens fracos e corrompidos encontraram a necessária qualificação para serem habitados por Seu Espirito(14.20) e, finalmente, para terem acesso ás “mansões eternas” (14.2,3). Em Sua própria pessoa, Jesus cumpre o sentido principal das grandes profecias bíblicas e todas as celebrações do Antigo Testamento. Jesus vence até mesmo a morte e a sepultura, e lega a todos os seus seguidores, de todos os tempos, uma notável herança para que Sua missão siga e seja completada até o final dos tempos, quando de Seu glorioso retorno.

Estendendo-se de eternidade a eternidade, o quarto Evangelho une o destino tanto de Judeus como de gentios(todos os que não são judeus), como parte de toda a criação, á ressurreição do Cristo encarnado e crucificado. Nosso Logos Eterno.

Bíblia King James Atualizada

30 outubro 2014

Arca da Aliança do Senhor


Deus nos dá impressões no coração, mas isto não quer dizer que devamos agir mediante impressões. Se a impressão for divina, Ele mesmo dará evidências suficientes para confirmá-la, para que não haja sombra de dúvida. Como é bonita a história de Jeremias quanto à impressão que lhe veio para comprar o campo de Anatote. Mas Jeremias não seguiu a impressão, senão no dia seguinte, quando o filho de seu tio veio a ele e lhe trouxe a evidência externa, com uma proposta de venda.Então Jeremias disse: "Entendi que era a palavra do Senhor." Esperou até que Deus confirmasse a impressão com uma providência, e então agiu na plena visão dos fatos concretos, que podiam trazer convicção tanto a ele como aos outros. Deus quer que ajamos de acordo com a Sua mente. Não devemos ignorar a voz pessoal do Pastor, mas como Paulo e seus companheiros em Troas, devemos ouvir todas as vozes que falam e "juntar" de todas as circunstâncias, como fizeram eles, a plena mente do Senhor. — Dr. Simpson
"Aonde o dedo de Deus aponta, nessa direção a Sua mão abre o
caminho."
Não diga no seu coração o que você quer ou não quer, mas
espere em Deus até que Ele lhe revele Seu caminho. Enquanto esse caminho estiver oculto, está claro que não há necessidade de agir, e Ele Se responsabilizará por todas as conseqüências de conservá-lo onde você está.

Postagens Aleatórias