26 setembro 2014

Assassinos aos olhos de Jesus


Mateus 5.21-26

5.21— Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: 
Não mate. Quem matar será julgado.”
5.22 Mas eu lhes digo que qualquer um que ficar com raiva do seu irmão será julgado. Quem disser ao seu irmão: “Você não vale nada” será julgado pelo tribunal. E quem chamar o seu irmão de idiota estará em perigo de ir para o fogo do inferno.
5.23 Portanto, se você estiver oferecendo no altar a sua oferta a Deus e lembrar que o seu irmão tem alguma queixa contra você,
5.24 deixe a sua oferta ali, na frente do altar, e vá logo fazer as pazes com o seu irmão. Depois volte e ofereça a sua oferta a Deus.
5.25— Se alguém fizer uma acusação contra você e levá-lo ao tribunal, entre em acordo com essa pessoa enquanto ainda é tempo, antes de chegarem lá. Porque, depois de chegarem ao tribunal, você será entregue ao juiz, o juiz o entregará ao carcereiro, e você será jogado na cadeia.
5.26 Eu afirmo a você que isto é verdade: você não sairá dali enquanto não pagar a multa toda.


Jesus toma como exemplo a situação mais drástica da lei : a morte (Êxodo 20.13; Dt 5.17), para demostrar o que significa compreender e obedecer ao espírito da lei e não apenas a letra. Ou seja, uma vida no sentido mais amplo e saudável dos mandamentos de Deus, em vez da interpretação meramente externa e restrita feita pela tradição rabínica. Jesus demostra como entender o sentido mais abrangente da lei, ao relacionar o pecado de tirar a vida de alguém (assassinato) com erros, aparentemente menos graves, como irar-se contra um irmão ou insultar alguém a tradução almeida acrescenta “sem motivo se irar”. Jesus revela que a ofensa verbal está no mesmo nível de um assassinato. Racá era uma antiga expressão aramaica rêga que originou a palavra hebraica rêquim usada no tempo dos juízes (Jz 11.3)para indicar pessoas de mau caráter levianas e traidoras. De maneira curiosa, essa era uma expressão frequentemente usada na tradição rabínica, associada ao vocábulo nãbhãl (néscio), para se referir aos insensatos e sem sabedoria. O cerne no ensinamento de Jesus está em que o pecado que leva alguém a ofender outra pessoa é o mesmo que motiva o assassinato. É comum ver alguém confortavelmente sentado na poltrona em sua casa assistindo uma reportagem de um assassino preso sendo mostrado, publicado na mídia para o mundo como um assassino confesso. Diante do assassino o telespectador sente-se um ser do bem, mas Cristo não vê assim. Para Ele o ofensor verbal e o assassino estão no mesmo nível de pecado. 

Postagens Aleatórias