Entendendo
as pessoas: elas são boas ou más?
Jesus
disse:
"Descia
um homem de Jerusalém a Jericó. Pelo caminho caiu em poder de
ladrões que, depois de o despojarem e espancarem, se foram,
deixando-o semimorto. Por acaso desceu pelo mesmo caminho um
sacerdote. Vendo-o, passou ao largo. Do mesmo modo, um levita,
passando por aquele lugar, também o viu e seguiu adiante. Mas um
samaritano, que estava de viagem, chegou ao seu lado e, vendo-o,
sentiu compaixão. Aproximou-se, tratou-lhe as feridas, derramando
azeite e vinho. Fê-lo subir em sua montaria, conduziu-o à
hospedaria e cuidou dele. Pela manhã, tomou duas moedas de prata,
deu-as ao hospedeiro e disse-lhe: 'Cuida dele e o que gastares a mais
na volta te pagarei.” Lucas 10:30-35
As
pessoas são fundamentalmente boas ou más? Quase todos nós chegamos
a uma dessas duas conclusões a respeito da natureza humana. Mas, se
examinarmos como Jesus falava sobre as pessoas, parece que Ele não
chegou a nenhuma conclusão. Alguns de nós somos como o sacerdote e
o levita da parábola, outros como o samaritano, outros como os
ladrões e outros ainda como o homem que foi espancado e deixado
meio-morto. Mas o que levou o samaritano a ter aquele comportamento?
Foi o fato de ele ser essencialmente uma boa pessoa? Jesus
repetidamente mostrou que o aspecto essencial da natureza humana é a
nossa
necessidade
de ter um relacionamento amoroso com Deus e com os outros. Por isso
uma pessoa se define pelo relacionamento que estabelece com outras
pessoas.
O
samaritano era "bom" porque não desprezou o homem
agredido e parou para estabelecer um relacionamento com ele. Do
ponto de vista psicológico, encarar as pessoas simplesmente como
boas ou más é muito simplista. Talvez seja mais fácil pensar assim
porque, ao rotular os outros, sabemos em quem confiar e quem
evitar. Mas a verdade é que sempre existem possíveis "samaritanos"
e "ladrões" entre nós, e cada um de nós tem aspectos de
ladrão, de sacerdote e de samaritano. Aqueles que reconhecem e
valorizam a sua necessidade básica de se relacionar amorosamente com
os outros tendem a ser boas pessoas e a ter um bom comportamento.
Eles precisam dos outros, de modo que não desejam feri-los. As
pessoas que violam sua natureza essencial de viver um bom
relacionamento com os outros se comportam como más. A
parábola do bom samaritano fala de pessoas boas e más. Jesus
explica a diferença entre os dois tipos em função do
relacionamento que estabeleceram com o homem ferido. Jesus não fala
que eram boas ou más essencialmente. Ele conhecia profundamente a
natureza humana e por isso pode nos ajudar hoje a compreender o
comportamento de todas as pessoas que conhecemos, inclusive o nosso.Esse
texto é do Livro "JESUS O MAIOR PSICOLOGO"