25 agosto 2015

Fé pessoal e vida prática.


Conhecer Deus é possível, e tal conhecimento é obtido por uma vida dedicada a Deus e de praticas espirituais. A dimensão pessoal e particular é importante na vida espiritual. Aparece na vida de homens e mulheres de fé por toda a Bíblia. 
A vida de fé não e puramente a expressão do nosso ponto de vista de acordo como vejo como penso. A fé cristã é orientada como se deve crer e sobre como viver algumas vezes de modo claro e direto, com pouco espaço para discordâncias. 
A fé cristã tem como manual de instrução a bíblia por isso não e subjetiva, baseado no que pensamos ou achamos do que está escrito nela, mas um caminhar junto ao Espírito Santo que nos guia em cada frase para o entendimento como Deus quer que entendamos para uma vida de praticas alicerçadas na vontade Dele, que com toda certeza nos guiará há um caminho de Paz interior. 

A bíblia e o testemunho cristão trazem uma distinção clara entre a vida pessoal e testemunho público. O problema está em como combinar as duas coisas. Uma delas poderá ser facilmente descartada em favor da outra, por exemplo, se insistimos muito que a vida pessoal é mais importante do que a pública, que a espiritualidade particular tem prioridade sobre os ensinamentos da igreja ou sobre o que se define como dogma e doutrina. A revelação de Deus vem primeiro para o indivíduo para, então expandir-se como uma doutrina mais ampla? As palavras de uma doutrina servem apenas para explicar o significado e para nos ajudar a expressarmos o que já conhecemos e experimentamos? Isso tudo pode ser verdade, mas também é verdade que sem proteção das doutrinas somos presas fáceis de fantasias que historicamente têm levado grupos de pessoas a cair em erros sérios, sem as doutrinas bíblicas somos levados num mar de relativismo e de incertezas. De modo claro exige direcionamento: devoção pessoal e fé perecia de doutrinas comum a todos. Como reconciliarmos doutrinas e adoração, fé e prática? Responderemos primeiro definindo o que é fé? A fé é identificada como a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver(Hb 11.1).  A fé está relacionada num contexto de relacionamento ; a relação entre Deus e cada indivíduo que tem coragem de confiar Nele, apesar de o que pode tocar,ver,ouvir ou experimentar. Fé, portanto, pode ser identificada como um relacionamento verdadeiro que existe entre o crente e Deus.

Legalismo - relacionamento entre fé e prática baseado exclusivamente na obediência a regras e regulamentos.
Dogmatismo – A crença de que o conteúdo da fé é feito de afirmações que não podem ser alteradas;
Secularismo - Aquilo que se crer deve estar ligado a lei ou aos costumes locais.
Secularismo
Um dos perigos que pode atingir a fé é a tentação de crer que aquilo que se pode ver e real e o que menos se vê e menos real. Paulo destaca que para o crente, o que não se vê e mais importante pois isso é que e real e dura para sempre 2ª Co. 4.18. Pode soar um pouco estranho, até que tomemos consciência de que Paulo está falando da vida de fé e fé é a certeza de coisas que não podemos ver. A vida de fé se caracteriza por uma certeza firme e constante de que algo vai acontecer. Se abandonarmos essa certeza passaremos acreditar a penas no que vemos, quando isso ocorre damos um passo em direção ao legalismo. O legalismo apaga a fé. Um exemplo da vitória da fé sobre o legalismo nesse contexto é visto no modo como Jesus se dirigiu a mulher grega que tinha uma filha dominado por um espírito mau,Mc 7.24-30. De acordo com as leis judaicas, Jesus não precisava falar com essa mulher, mas que possuía fé em seu coração. Ali estava alguém que tinha fé apesar da condenação do dogma judaico que pesava sobre ela. Essa mulher não permitiu que o legalismo roubasse dela o desejo de ter sua filha curada.
Dogmatismo
Os que estão ambientes religiosos têm a tendência de querer têm a tendência de querer controlar Deus. Afirmações dogmáticas sobre seu caráter e sobre o que ele faz deixam poco espaço para a fé verdadeira nas coisas que não podemos ver. Crer no que é sustentado pela maioria frequentemente é parte da tendência ao legalismo. É muito importante ter fundamentos, isto é, determinados valores e crenças que se mantêm constantes, mas se essas crenças se tornam regidas, podemos perder o espaço dedicado á fé. Uma vez que esse espaço desapareça, a fé evapora. O triunfo da fé sobre o dogmatismo é muito claro na historia de Maria, mãe de Jesus Cristo. Em seu exemplo, podemos ver a crença de que Deus é muito mais aceito do norma. No caso de Maria Deus estava acima da ciência. Uma jovem ainda solteira e sem vida sexual ativa recebe a notícia de que conceberia e dar a luz um filho. Maria fez uma pergunta natural como isso aconteceria, já que era virgem (Lc 1.34), Além disso como mulher solteira, uma gravidez traria implicações sociais devastadoras. Mesmo assim, é lhe dito apenas que, apesar de humanamente impossível. A história se tornou tão familiar que podemos perder de vista o tremendo passo de fé por ela quando disse ao anjo:que aconteça comigo o que o Senhor acabou de dizer (Lc 1.38), Nessa frase somos confrontados com o triunfo da fé sobre as crenças de que Deus só pode fazer determinadas coisas, e não outras. Para Maria a fé era muito mais a certeza de coisas que não podemos ver.

Secularismo

Comunicar o Evangelho de modo claro ás pessoas ao nosso redor é essencial sem tal comunicação não teríamos nada a dizer. O que destrói a relação entre fé e o dogma´é alterar radicalmente o que se crê, a fim de fazer com que se torne agradável á cultura que nos cerca. A teologia da prosperidade é um exemplo disso. A Bíblia constantemente a coloca em risco. Há um exemplo que ecoa com força e emoção na história, no qual a fé ultrapassa o desdobramento do secularismo. Raabe uma prostituta, recusou-se a seguir os padrões (religiosos e culturais) que a cercavam, tomando nas mãos as rédeas de seu destino de forma impressionante(Js 2.1-21). Talvez ela tenha feito isso por ser uma mulher que sabia amar esquemas e sabia e provavelmente era oportunista o suficiente para perceber que aquele era o momento certo para tirar alguma vantagem. Raabe percebeu que o Deus dos Israelitas era maior do seus deuses. Assim, ela protegeu os espiões de Israel mentindo para sua própria gente sobre o paradeiro deles em troca de proteção durante a invasão planejada pelos israelitas. O que distingue Raabe é o fato de que ela também possuía fé nas coisas que não podemos ver. Seu comportamento foi tão influenciado por isso que sua história ficou registrada na Palavra de Deus. Ela é elogiada por sua fé. Raabe demostrou submissão cega aos padrões e normas estabelecidos por sua sociedade. Pelo contrário ela escolheu acreditar no que tinha ouvido sobre o Deus dos israelitas. Voltou suas costas para sua própria cultura, e encontrou o Deus verdadeiro. Mesmo com sua profissão duvidosa, Raabe é lembrada como mulher que de certo modo é o modelo de alguém que se opõem ao que é conhecido e confia naquilo que não pode ser visto. A intenção das Escrituras não aparenta querer conciliar a fé e dogma. Antes, as duas coisas parecem estar em contínuo conflito, enquanto o indivíduo lida com a vida e a fé com a vida e a fé apropriar-se da Palavra de Deus.  A Paz do Senhor Jesus Cristo.

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