1. Por que existe tanta diferença doutrinária entre as denominações evangélicas? Qual seria a verdadeira doutrina cristã?
Para
facilitar a sequência, vou inverter a ordem dessas duas perguntas:
1. Doutrina,
segundo Houaiss, é "um
conjunto coerente de ideias
fundamentais a serem transmitidas, ensinadas".
A doutrina cristã é, como diz o nome, a doutrina de Cristo. Ele
próprio nada deixou escrito, mas incumbiu os discípulos escolhidos
por Ele, chamados "apóstolos", para "ensinar
todas as nações" (Mateus
28:19).
Depois
de voltar para o céu Ele escolheu mais um "apóstolo",
Paulo, a quem instruiu particularmente de forma sobrenatural e foi
ele quem nos deu o maior volume de doutrina em forma escrita. O
apóstolo Pedro não teve dúvida em abonar os ensinos de Paulo como
integrantes das Escrituras Sagradas (2 Pedro 3:15,16).
O
"evangelho de Cristo" é outro nome para a doutrina cristã,
e os quatro "Evangelhos" no início do Novo Testamento
contêm narrações sobre a vinda de Cristo, o Filho de Deus e
Messias profetizado no Velho Testamento, o Seu ministério, Sua
morte, ressurreição e ascensão ao céu, feitas por testemunhas ali
presentes, e apresentadas sob diferentes aspectos.
Sobretudo,
a doutrina cristã é aquela inspirada palavra por palavra no
original pelo Espírito Santo de Deus, e que chamamos Bíblia, que
incorpora o Velho e o Novo Testamento, pois o Senhor Jesus Cristo
confirmou e cumpriu, em Sua vida, o Velho Testamento em lei e
profecia. Paulo ensina: "ainda
que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além
do que já vos tenho anunciado, seja anátema" (Gálatas
1:8). Logo, a doutrina cristã foi selada e não se admite qualquer
modificação.
-
"Denominações",
são os nomes para designar as igrejas locais, ou os grupos de
igrejas locais reunidas por instituições eclesiásticas que, sem
obedecer ao significado bíblico, passam a se chamar também de
"igrejas".
-
"Evangélicas",
este adjetivo se aplica ao que se apresenta em conformidade com os
princípios do Evangelho.
A
pergunta, então, concerne a diferença doutrinária existente entre
as igrejas locais e instituições eclesiásticas designadas por
nomes, que estão em conformidade com os princípios do Evangelho.
Se, de fato, todas estivessem em conformidade com os princípios do
Evangelho, não deveria haver diferença entre elas. A realidade é
que diferem entre si na medida em que se aproximam ou se afastam da
doutrina bíblica. O próprio fato que usam uma denominação para
distinguir-se já é uma prova que não são iguais. Uma congregação
de discípulos fiéis a Cristo não precisa ter nome próprio, apenas
se distinguindo das outras pela sua situação geográfica, como
acontecia nos tempos apostólicos. O apóstolo Paulo repreendeu o uso
de nomes de grupos na igreja de Corinto, e escreveu: "cada
um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e
eu, de Cristo. Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós?
Ou fostes vós batizados em nome de Paulo?" (1
Coríntios 1:12,13).
Realmente
todo cristão é batizado em nome de Cristo, e este é o nome que
deve usar. Tomar o nome de uma denominação já em si é uma
desobediência à doutrina cristã, pois Ele mesmo disse: "para
que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que
também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me
enviaste." (João
17:21).
Finalmente,
além do aspecto denominacional, as igrejas locais são diferentes
entre si na medida em que obedecem à doutrina bíblica. Podem
declarar que têm a Bíblia como sua única regra de fé, mas nem
sempre obedecem fielmente aos seus preceitos. Existem outras
pressões, vindas de fora ou mesmo de dentro, porque nem todo aquele
que se diz crente em Cristo o é na realidade, e a igreja cede
resultando em desobediência.
Na
realidade, cada igreja é como um indivíduo, e a diferença entre
elas já era evidente nos tempos apostólicos, haja vista as sete
igrejas do Apocalipse (capítulos 2 e 3). Como dizemos "ninguém
é perfeito", também podemos dizer "nenhuma igreja é
perfeita". A igreja é a soma dos indivíduos que a compõem, e
cabe a cada um de nós fazer a sua parte para que a "nossa"
igreja seja realmente evangélica, obediente à doutrina de Cristo.
"Denominações",
são os nomes para designar as igrejas locais, ou os grupos de
igrejas locais reunidas por instituições eclesiásticas que, sem
obedecer ao significado bíblico, passam a se chamar também de
"igrejas".
"Evangélicas",
este adjetivo se aplica ao que se apresenta em conformidade com os
princípios do Evangelho.
2. Fico muito incomodado quando vejo uma parte do corpo de CRISTO dizendo ser melhor que a outra. (...). Tem irmão que nem cumprimenta o outro se for de outra denominação. Qual sua opinião sobre isso?
Infelizmente
as denominações separam o rebanho de Cristo, assim como dentro de
uma única igreja pode haver partidos e dissenções. Isso é carnal
e a Bíblia nos adverte contra isso. O Senhor Jesus almeja "um
rebanho e um Pastor"
(João 10:16).
As
"inimizades,
porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias"
se classificam entre as "obras
das trevas",
e "os
que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus."
(Gálatas 5:21,22).
Quanto
a uma parte do corpo de Cristo se gabar de ser melhor do que outra,
veja Filipenses 2:3: "Nada
façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um
considere os outros superiores a si mesmo."
Como
vê, não é uma questão de opinião, mas de obedecer ao Espírito
Santo que inspirou o apóstolo Paulo a escrever isto.
Recomendo
a leitura do artigo "Amor
entre Igrejas".
3. Gostaria de um estudo sobre a doutrina da Congregação Cristã.
A
Congregação Cristã do Brasil é uma instituição formada por uma
entre mais de cem denominações usadas pelos crentes "pentecostais".
Têm em comum a doutrina segundo a qual, depois de sua conversão, o
crente ainda precisa receber o "batismo do Espírito Santo":
segundo eles esse batismo é acompanhado de dons espirituais,
particularmente o dom de línguas, profecia, e curas.
Suas
doutrinas variam muito entre si, e por isso são muito divididos,
alguns chegando a idéias das mais absurdas a fim de cativar os
incautos. Por falta de espaço, vamos nos limitar às suas heresias
básicas, que todas ensinam:
O
batismo do Espírito Santo, dizem, é um dom concedido a quem o pede.
O entendimento de quando se faz o batismo varia de um grupo para
outro: para alguns, não importa se a pessoa já se converteu a
Cristo, para outros, só é possível aos convertidos, para outros
ainda esse batismo só pode ser obtido depois de uma santificação.
A maneira do batismo também varia entre uma experiência individual,
e uma experiência coletiva, ou mediante a intercessão ou imposição
de mãos por pastores ou presbíteros. (NB: A Palavra de Deus nada
nos ensina sobre um "segundo" batismo: por sua imensa
importância ele seria sem dúvida mencionado clara e repetidamente
nas epístolas do Novo Testamento. Ao contrário, a doutrina dos
apóstolos ensina que há um só batismo, mediante o qual passamos a
pertencer ao corpo de Cristo, e o dom do Espírito Santo é concedido
pela graça de Deus a todos, sem exceção, por ocasião da conversão
de cada um; esse ato de Deus une o novo nascido a Cristo em sua
morte, sepultura e ressurreição, não somente fazendo-o membro do
corpo de Cristo, a igreja verdadeira, mas também dando-lhe a base
para santificação e para a vida de vitória em Cristo.)
-
Eles
ensinam que o crente sente, mediante experiência física e
emocional, quando o Espírito Santo desce sobre ele, fazendo com que
ele passe a falar em "línguas". (NB: Isto é apenas uma
generalização e distorção do que aconteceu, em circunstâncias
especiais, no início da igreja: o dom de línguas estrangeiras foi
dado aos primeiros membros da igreja, em grupos: aos discípulos em
Jerusalém, aos gentios, e finalmente aos discípulos de João
Batista como sinal aos judeus. Não há registro nas Escrituras do
recebimento deste dom em particular por mais ninguém! Pedro, ao
defender-se por ter entrado e comido em casa de gentios, declara que
"caiu o Espírito Santo sobre eles, como também sobre nós no
princípio [oito anos antes]" - evidência que não houvera
acontecido outra vez, particular ou coletivamente).
-
Eles
sustentam que atingimos um novo período em que Deus derrama seu
Espírito sobre seu povo, com sinais e prodígios, como dons de
profecia, línguas e ciência, atualmente da mesma forma como
aconteceu no dia de Pentecostes (donde a denominação pentecostal
que muitos deles tomam). Como modelo, eles tomam o capítulo 12 e 14
de I Coríntios. (NB: Eles se esquecem do capítulo 13 onde a
palavra de Deus nos diz que profecias, línguas e ciência haveriam
de desaparecer, cessar, passar, quando viesse aquilo que é
perfeito, ou seja, a completa revelação do Evangelho através dos
apóstolos, culminando com a revelação de Jesus Cristo no
Apocalipse.)
Eles
ensinam que o crente sente, mediante experiência física e
emocional, quando o Espírito Santo desce sobre ele, fazendo com que
ele passe a falar em "línguas". (NB: Isto é apenas uma
generalização e distorção do que aconteceu, em circunstâncias
especiais, no início da igreja: o dom de línguas estrangeiras foi
dado aos primeiros membros da igreja, em grupos: aos discípulos em
Jerusalém, aos gentios, e finalmente aos discípulos de João
Batista como sinal aos judeus. Não há registro nas Escrituras do
recebimento deste dom em particular por mais ninguém! Pedro, ao
defender-se por ter entrado e comido em casa de gentios, declara que
"caiu o Espírito Santo sobre eles, como também sobre nós no
princípio [oito anos antes]" - evidência que não houvera
acontecido outra vez, particular ou coletivamente).
Eles
sustentam que atingimos um novo período em que Deus derrama seu
Espírito sobre seu povo, com sinais e prodígios, como dons de
profecia, línguas e ciência, atualmente da mesma forma como
aconteceu no dia de Pentecostes (donde a denominação pentecostal
que muitos deles tomam). Como modelo, eles tomam o capítulo 12 e 14
de I Coríntios. (NB: Eles se esquecem do capítulo 13 onde a
palavra de Deus nos diz que profecias, línguas e ciência haveriam
de desaparecer, cessar, passar, quando viesse aquilo que é
perfeito, ou seja, a completa revelação do Evangelho através dos
apóstolos, culminando com a revelação de Jesus Cristo no
Apocalipse.)
4. Como devo agir com as "testemunhas de Jeová"?
As
"testemunhas de Jeová" (nome que os russelitas gostam de
tomar, embora sejam falsas), têm como alvo principal das suas
atenções as pessoas que não são muito firmes em sua fé.
Para
conhecer mais detalhes sobre essa seita, leia o artigo de minha
autoria entitulado "Os
Russelitas”.
A
Bíblia que os adeptos da seita usam é uma tradução enganosa feita
especialmente para se adequar às suas doutrinas erradas. Os que se
deixam seduzir passam por uma lavagem cerebral e dificilmente podem
depois deixar o meio em que se encontram. Os que saem às ruas de
casa em casa para fazer proselitismo andam em duplas para que um
controle o outro, e se armam com folhetos destinados a aguçar a
curiosidade do leitor, usando de uma linguagem persuasiva para
conquistar os incautos.
Discussões
entre eles e alguém que conheça bem e está firme na Palavra de
Deus, geralmente não trazem qualquer resultado positivo, e eles
geralmente se afastam porque sabem que estão perdendo tempo.
Sugiro
que, quando o irmão for procurado por eles, logo de início declare
que conhece e crê na Bíblia, que crê na divindade de Cristo e que
o tem como seu Senhor e Salvador pessoal, que conhece as doutrinas
deles e não está disposto a discutí-las. Conforme a reação,
poderá ser útil dar-lhes alguma boa literatura (combatendo-os com
suas próprias armas) e convidá-los para comparecer a uma reunião
de pregação do Evangelho se quiserem ouvir mais.
A
Palavra de Deus nos diz: "...
há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de
Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie
outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.
Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se
alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes,
seja anátema."
5. Gostaria de obter mais informações sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
"Entre
vós haverá também falsos doutores, que introduzirão
encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os
resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição"
(II Pedro 2:1) Essa instituição teve origem nos Estados Unidos em
meados do século 19, sendo uma mulher, Ellen Gould Harmon White, uma
dos fundadores, cujas visões, iniciadas em 1844 e das quais ela
disse ter tido cerca de duas mil, foram a força orientadora da
seita.
Ellen
White disse ter tido uma visão em que foi elevada ao céu, e o
Senhor Jesus levantou a tampa da arca e lhe mostrou as tábuas da
lei: o quarto mandamento se destacava dos outros, aparecendo no
centro com uma auréola luzente em torno! Concluiu disto que os
cristãos estão ainda debaixo da Lei de Moisés, devem guardar até
o menor dos seus preceitos, inclusive o sábado.
Segundo
ela, foi a Instituição Católico-romana que mudou a observação do
sábado (sétimo dia) para o domingo (primeiro dia) em 364 AD. (N.B.
Na realidade o sábado foi dado por Deus como sinal e aliança
perpétua entre ele e os filhos de Israel (2 Crônicas 2:4), as
tábuas com os mandamentos são chamadas na Bíblia de “ministério
da morte”
(2 Coríntios 3:7) e “ministério
da condenação”
(2 Coríntios 3:9) que, o Espírito Santo nos ensina, se desvaneceram
ante a glória permanente do “ministério
da justiça”
(2 Coríntios 3:9) , uma nova aliança do espírito, não da letra; o
sábado nunca aparece no Novo Testamento como algo que deva ser
observado pelos cristãos. O domingo não substituiu o sábado: sendo
o primeiro dia da semana, em que o Senhor Jesus ressuscitou, os
cristãos desde os tempos apostólicos passaram a se reunir nesse dia
para se lembrarem dEle mediante a Ceia do Senhor).
As
interpretações das Escrituras que lhe vieram, e as suas profecias,
foram prontamente aceitas, chegando a encher nove volumes,
denominados "Testemunhos para a Igreja". A instituição
também pôs em prática as ideias dela sobre saúde, especialmente
sua oposição ao uso de café, chá, carne, e medicamentos.
É
óbvio que não cabe aqui uma dissertação sobre todas as suas
doutrinas, nem vemos utilidade nisso, mas daremos em seguida alguns
exemplos ilustrativos das suas heresias:
-
A
negação da expiação completa e absoluta pelo pecado feita por
Cristo: segundo Ellen White, quando Cristo ascendeu ao céu ele
passou a ministrar no santuário do templo celeste como os
sacerdotes faziam no templo terrestre. Durante dezoito séculos ele
ministrou no primeiro apartamento desse santuário. O sangue de
Cristo assegurou o perdão e aceitação pelo Pai dos crentes
arrependidos, mas os seus pecados permaneceram ainda registrados.
Era necessário, segundo ela, que houvesse um trabalho de expiação
para remover o pecado do santuário, e isto aconteceu após 2,300
dias, em 1844, quando Cristo teria entrado no Santo dos Santos
celeste para completar a última divisão do seu trabalho de
purificação do santuário. Assim, os pecados dos que se arrependem
são colocados em Cristo, que os deposita no santuário.
Posteriormente, antes de serem transferidos para o Santo dos Santos,
e serem apagados completamente, é feita uma investigação nos
registros para determinar quem tem direito à expiação, mediante o
arrependimento e a fé em Cristo. Esta teoria foi inventada para
justificar o não cumprimento da profecia de outro fundador da
seita, o profeta William Miller, que previra categoricamente a volta
de Cristo em 1844 (donde o nome adventista). Temos aqui as seguintes
heresias, sem base bíblica:
-
Que
existe um santuário celeste onde Cristo é sumo-sacerdote;
-
Que
os pecados são depositados no céu;
-
Que
de uma maneira inexplicável o santuário é uma espécie de
mediador, carregando os pecados do crente por algum tempo;
-
Que
esse santuário precisa ser purificado;
-
Que
essa purificação começou em 1844.
Que
Satanás é portador de pecados, junto com Cristo, e é o substituto
que levará os pecados dos penitentes consigo quando for banido da
presença de Deus, sendo destinado a deixar de existir quando o
pecado e os pecadores forem finalmente destruídos.
-
Que Cristo, ao nascer, herdou uma natureza humana pecaminosa.
-
Em
comum com algumas outras seitas, inclusive as "testemunhas de
Jeová", essa instituição ensina que ao morrer fisicamente a
alma e o espírito das pessoas ficam inconscientes pois não podem
"funcionar" sem o corpo.
-
Também
como as "testemunhas de Jeová", a instituição mantêm
que a punição eterna, no sentido de sofrimento eterno, não
existe: tanto os pecadores impenitentes como Satanás e seus anjos
rebeldes, demônios, etc., estão destinados apenas à aniquilação,
que consiste em reduzir a nada, deixando de existir. Imortalidade,
vida eterna, ou existência sem fim é tudo a mesma coisa para ela,
e será apenas concedida aos que têm a salvação (é óbvio que
vida e existência não são a mesma coisa, por exemplo, uma cadeira
existe mas não tem vida!).
-
A
instituição quer submeter o cristão ao jugo da Lei dada a Moisés,
afastando-o da Graça de Deus. Tendo materializado um santuário nos
céus, ela se sente obrigada a materializar tudo o mais: além de um
santuário no céu, com candelabros, cortinas, mesa de pães asmos e
arca, teve que incluir dentro da arca as duas tábuas de pedra com
os dez mandamentos, e nos exortar a todos para nos submetermos a
eles.
-
Por
nosso irmão R David Jones, concordo plenamente com ele .
A
negação da expiação completa e absoluta pelo pecado feita por
Cristo: segundo Ellen White, quando Cristo ascendeu ao céu ele
passou a ministrar no santuário do templo celeste como os
sacerdotes faziam no templo terrestre. Durante dezoito séculos ele
ministrou no primeiro apartamento desse santuário. O sangue de
Cristo assegurou o perdão e aceitação pelo Pai dos crentes
arrependidos, mas os seus pecados permaneceram ainda registrados.
Era necessário, segundo ela, que houvesse um trabalho de expiação
para remover o pecado do santuário, e isto aconteceu após 2,300
dias, em 1844, quando Cristo teria entrado no Santo dos Santos
celeste para completar a última divisão do seu trabalho de
purificação do santuário. Assim, os pecados dos que se arrependem
são colocados em Cristo, que os deposita no santuário.
Posteriormente, antes de serem transferidos para o Santo dos Santos,
e serem apagados completamente, é feita uma investigação nos
registros para determinar quem tem direito à expiação, mediante o
arrependimento e a fé em Cristo. Esta teoria foi inventada para
justificar o não cumprimento da profecia de outro fundador da
seita, o profeta William Miller, que previra categoricamente a volta
de Cristo em 1844 (donde o nome adventista). Temos aqui as seguintes
heresias, sem base bíblica:
-
Que existe um santuário celeste onde Cristo é sumo-sacerdote;
-
Que os pecados são depositados no céu;
-
Que de uma maneira inexplicável o santuário é uma espécie de mediador, carregando os pecados do crente por algum tempo;
-
Que esse santuário precisa ser purificado;
-
Que essa purificação começou em 1844.
Que Cristo, ao nascer, herdou uma natureza humana pecaminosa.
Em
comum com algumas outras seitas, inclusive as "testemunhas de
Jeová", essa instituição ensina que ao morrer fisicamente a
alma e o espírito das pessoas ficam inconscientes pois não podem
"funcionar" sem o corpo.
Também
como as "testemunhas de Jeová", a instituição mantêm
que a punição eterna, no sentido de sofrimento eterno, não
existe: tanto os pecadores impenitentes como Satanás e seus anjos
rebeldes, demônios, etc., estão destinados apenas à aniquilação,
que consiste em reduzir a nada, deixando de existir. Imortalidade,
vida eterna, ou existência sem fim é tudo a mesma coisa para ela,
e será apenas concedida aos que têm a salvação (é óbvio que
vida e existência não são a mesma coisa, por exemplo, uma cadeira
existe mas não tem vida!).
A
instituição quer submeter o cristão ao jugo da Lei dada a Moisés,
afastando-o da Graça de Deus. Tendo materializado um santuário nos
céus, ela se sente obrigada a materializar tudo o mais: além de um
santuário no céu, com candelabros, cortinas, mesa de pães asmos e
arca, teve que incluir dentro da arca as duas tábuas de pedra com
os dez mandamentos, e nos exortar a todos para nos submetermos a
eles.
Por
nosso irmão R David Jones, concordo plenamente com ele .