Lídia
foi uma das mulheres descritas no Novo Testamento no período dos
Apóstolos na Igreja Primitiva. A Bíblia não nos fornece muitas
informações sobre Lídia, mas o pouco que sabemos já é suficiente
para entendermos que essa mulher teve uma participação importante
no início da história da Igreja.
A
Região de Lídia:
Para
não haver confusão, antes de falarmos da mulher Lídia,
primeiramente é preciso citar que “Lídia” era o nome de
uma região da Ásia Menor, a qual ficava algumas cidades, entre
elas, Sardes, Tiatira e Filadélfia. Às vezes algumas cidades
costeiras como Esmirna e Éfeso eram reputadas como cidades lídias,
e outras vezes como cidades gregas. Na região de Lídia ficavam as
áreas mais férteis e cultivadas da península e, além de suas
riquezas naturais, sua localização era privilegiada, estando sobre
as principais rotas que ligavam o interior da Ásia Menor à costa,
dando às suas cidades uma grande importância comercial.
Quem
foi Lídia na Bíblia:
Lídia
foi uma mulher natural de Tiatira, na região de Lídia (por isso foi
preciso a explicação acima), que, em Filipos, se tornou,
possivelmente, uma das primeiras pessoas (se não a primeira)
europeia convertida no ministério de Paulo.Quando Paulo foi para
Filipos, onde Lídia vivia, o Evangelho foi pregado e Deus abriu o
coração de Lídia para que ela recebesse o Evangelho (At 16:14).
Depois de ser batizada, ofereceu hospedagem à Paulo, Silas e Lucas
(At 16:14,15,40). Inclusive após a experiência da prisão de Paulo
e Silas, ambos retornaram à casa de Lídia antes de partirem. E uma
certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de
Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o
coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia.E, depois que
foi batizada, ela e a sua casa, nos rogou, dizendo: Se haveis julgado
que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos
constrangeu a isso. (Atos
16:14,15)E,
saindo da prisão, entraram em casa de Lídia e, vendo os irmãos, os
confortaram, e depois partiram. (Atos
16:40)
Lídia era uma mulher de posição (At 17:4,12), sendo cabeça da
família, o que significa que era viúva ou solteira. Ela era
comerciante de corantes purpurinos, e dados históricos indicam que a
cidade de sua cidade de origem, Tiatira, era renomada por suas
tinturas de púrpura.
Ela
era prosélito judia, ou seja, convertida ao monoteísmo ético do
judaísmo, isto é, a religião judaica. Pode ser que nas referências
pessoais de Paulo em Filipenses 4:3, Lídia esteja incluía, porém,
visto que ela não é mencionada nominalmente, pode ser possível que
ela já tivesse falecido ou deixado à cidade. De qualquer forma, é
certo que a hospitalidade demonstrada por Lídia, se tornou
tradicional na igreja de Filipos (Fp 1:5; 4:10). Quanto ao nome
“Lídia”, este pode ser uma forma adjetivada como “a mulher
lídia” ou “a lidiana”, pois tais nomes éticos eram comuns,
mas também “Lídia” podia ser, igualmente, um nome próprio.