18 agosto 2016

PODES TORNAR-ME LIMPO ?


Os rabis haviam esperado ansiosamente a ver que faria Jesus com esse caso. Lembravam-Se de como o homem apelara para eles, em busca de auxílio, e lhe tinham recusado esperança ou simpatia. Não satisfeitos com isso, haviam declarado que estava sofrendo a maldição de Deus por causa de seus pecados. Tudo isso lhes acudiu novamente à lembrança ao verem o enfermo diante de si. Observaram o interesse com que todos contemplavam a cena, e experimentaram terrível temor de perder a influência sobre o povo. 
Esses dignitários não trocaram palavras, mas olhando-se leram no rosto uns dos outros o mesmo pensamento de que alguma coisa se devia fazer para deter a onda dos sentimentos. Jesus declarara que os pecados do paralítico estavam perdoados. Os fariseus tomaram essas palavras como blasfêmia, e conceberam a ideia de apresentá-las como pecado digno de morte. Disseram em seu coração: "Ele blasfema; quem pode perdoar pecados senão só Deus?" Mat. 9:3.
Fixando sobre eles o olhar, sob o qual se acovardaram e recuaram, disse Jesus: "Por que pensais mal em vossos corações? Pois qual é mais fácil dizer: Perdoados te são os pecados; ou dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na Terra autoridade para perdoar pecados", disse então ao paralítico: "Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa." Mat. 9:4-6
Então aquele que fora levado a Cristo num leito, pôs-se de pé num salto, com a elasticidade e o vigor da juventude. A vitalizante seiva agita-se-lhe nas veias. Cada órgão de seu corpo rompe em súbita atividade. As cores da saúde sucedem à palidez da morte próxima. "E levantou-se, e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos." Mar. 2:12.
Oh! maravilhoso amor de Cristo, inclinando-se para curar o culpado e o aflito! A Divindade compadecendo dos males da sofredora humanidade, e suavizando-os! Oh! maravilhoso poder assim manifestado aos olhos dos filhos dos homens! Quem pode duvidar da mensagem de salvação? Quem pode menosprezar as misericórdias de tão compassivo Redentor?

A VITORIA

"Então o diabo O transportou à cidade santa, e colocou-O sobre o pináculo do templo, e disse-Lhe: Se Tu és o Filho de Deus, lança-Te daqui abaixo; porque está escrito: Que aos Seus anjos dará ordem a Teu respeito; e tomar-Te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra." Mat. 4:5 e 6.

Julga Satanás haver agora enfrentado Jesus mesmo em Seu terreno. O próprio astuto inimigo apresenta palavras procedentes da boca de Deus. Parece ainda um anjo de luz, e mostra claramente estar familiarizado com as Escrituras, entendendo a significação do que está escrito. Como Jesus usara anteriormente a Palavra de Deus para apoiar Sua fé, o tentador agora a emprega para corroborar seu engano. Pretende ter estado apenas provando a fidelidade de Jesus, louvando-Lhe agora a firmeza. Como o Salvador manifestou confiança em Deus, Satanás insiste com Ele para que dê outro testemunho de Sua fé.

Mas novamente a tentação é introduzida com a insinuação de desconfiança: "Se Tu és o Filho de Deus." Mat. 4:6. Cristo foi tentado a responder ao "se"; absteve-Se, porém, da mais leve aceitação da dúvida. Não poria em risco Sua vida para dar a Satanás uma prova. O tentador pensava aproveitar-se da humanidade de Cristo, e incitou-O à presunção. Mas ao passo que pode instigar, não lhe é possível forçar ao pecado. Disse a Jesus: "Lança-Te de aqui abaixo", sabendo que O não podia lançar; pois Deus Se interporia para livrá-Lo. Tampouco poderia o inimigo forçar Jesus a Se lançar. A menos que Cristo consentisse na tentação, não poderia ser vencido. Nem todo o poder da Terra ou do inferno O poderia forçar no mínimo que fosse a Se apartar da vontade de Seu Pai.

O tentador jamais nos poderá compelir a praticar o mal. Não pode dominar as mentes, a menos que se submetam a seu controle. A vontade tem que consentir, a fé largar sua segurança em Cristo, antes que Satanás possa exercer domínio sobre nós. Mas todo desejo pecaminoso que nutrimos lhe proporciona um palmo de terreno. Todo ponto em que deixamos de satisfazer à norma divina, é uma porta aberta pela qual pode entrar para nos tentar destruir. E todo fracasso ou derrota de nossa parte, dá-lhe ocasião de acusar a Cristo.

Quando Satanás citou a promessa: "Aos Seus anjos dará ordem a Teu respeito" (Mat. 4:6), omitiu as palavras: "para Te guardarem em todos os Teus caminhos" (Sal. 91:11); isto é, em todos os caminhos da escolha de Deus. Jesus recusou sair da vereda da obediência. Conquanto manifestasse perfeita confiança em Seu Pai, não Se colocaria, sem que isso Lhe fosse ordenado, em situação que tornasse necessária a interposição do Pai para O salvar da morte. Não forçaria a Providência a vir em Seu socorro, deixando assim de dar ao homem um exemplo de confiança e submissão.

Jesus declarou a Satanás: "Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus". Mat. 4:7. Essas palavras foram ditas por Moisés aos filhos de Israel, quando tinham sede no deserto, e pediram que Moisés lhes desse água, exclamando: "Está o Senhor no meio de nós, ou não?" Êxo. 17:7. Deus operara maravilhas por eles; todavia, em aflição, dEle duvidaram, e exigiram demonstrações de que estava com eles. Procuraram, em sua incredulidade, pô-Lo à prova. E Satanás estava incitando Cristo a fazer a mesma coisa. Deus já tinha testificado que Cristo era Seu Filho; pedir agora sinal de ser Ele o Filho de Deus, seria pôr à prova a Palavra divina - tentando-O. E dar-se-ia o mesmo quanto a pedir o que Deus não havia prometido. Manifestaria desconfiança, e estaria realmente provando-O ou tentando-O. Não devemos apresentar ao Senhor nossas petições para provar se Ele cumpre Sua palavra, mas porque as cumpre; não para provar que Ele nos ama, mas porque nos ama. "Sem fé é impossível agradar-Lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que O buscam". Heb. 11:6.

Mas a fé não é de maneira nenhuma aliada à presunção. Somente o que tem verdadeira fé está garantido contra a presunção. Pois presunção é a falsificação da fé, operada por Satanás. A fé reclama as promessas de Deus, e produz frutos de obediência. A presunção também reclama as promessas, mas serve-se delas como fez Satanás, para desculpar a transgressão. A fé teria levado nossos primeiros pais a confiar no amor de Deus, e obedecer-Lhe aos mandamentos. A presunção os levou a transgredir-Lhe a lei, crendo que Seu grande amor os salvaria da conseqüência de seu pecado. Não é ter fé pretender o favor do Céu, sem cumprir as condições sob as quais é concedida a misericórdia. A fé genuína baseia-se nas promessas e providências das Escrituras.

Muitas vezes quando Satanás falhou em incitar desconfiança, consegue êxito em nos levar à presunção. Se consegue pôr-nos desnecessariamente no caminho da tentação, sabe que tem a vitória. Deus há de guardar todos quantos andam no caminho da obediência; apartar-se dela, porém, é arriscar-se no terreno de Satanás. Aí cairemos por certo. 

O Salvador nos ordena: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação". Mar. 14:38. A meditação e a oração nos guardariam de nos precipitar, sem ser solicitados, ao encontro do perigo, e seríamos assim salvos de muitas derrotas.Entretanto, não devemos perder o ânimo quando assaltados pela tentação. Freqüentemente, quando colocados em situação probante, duvidamos de que tenhamos sido guiados pelo Espírito de Deus. Foi, no entanto, a guia do Espírito que dirigiu Jesus para o deserto, para ser tentado por Satanás. Quando Deus nos leva à provação, tem um desígnio a realizar, para nosso bem. Jesus não presumiu das promessas de Deus, indo sem que Lhe fosse ordenado, ao encontro da tentação, nem Se entregou ao acabrunhamento quando ela Lhe sobreveio. Tampouco o devemos nós fazer. "Fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar". Ele diz: "Oferece a Deus sacrifício de louvor, e paga ao Altíssimo os teus votos. E invoca-Me no dia da angústia: Eu te livrarei, e tu Me glorificarás".; Sal. 50:14 e 15.

Jesus saiu vitorioso da segunda tentação, e então Satanás se manifesta em seu verdadeiro caráter. Não se apresenta, todavia, como aquele horrível monstro de pés de cabra e asas de morcego. Embora decaído, é um poderoso anjo. Declara-se o chefe da rebelião, e o deus deste mundo.

Colocando Jesus sobre uma alta montanha, fez com que todos os reinos do mundo, em toda a sua glória, passassem, em vista panorâmica, diante dEle. A luz do Sol projeta-se sobre cidades cheias de templos, palácios de mármore, campos férteis e vinhas carregadas de frutos. Os vestígios do mal estavam ocultos. Os olhos de Jesus, cercados ultimamente de tanta tristeza e desolação, contemplam agora uma cena de inexcedível beleza e prosperidade. Ouve então a voz do tentador: "Dar-Te-ei a Ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero; portanto, se Tu me adorares, tudo será Teu". Luc. 4:6 e 7.

A missão de Cristo só se podia cumprir através de sofrimento. Achava-se diante dEle uma existência de dores, privações, lutas e morte ignominiosa. Cumpria-Lhe carregar sobre Si os pecados de todo o mundo. Tinha que sofrer a separação do amor do Pai. Ora, o tentador oferecia entregar-Lhe o poder que usurpara. Cristo poderia livrar-Se do terrível futuro mediante o reconhecimento da supremacia de Satanás. Fazer isso, porém, era renunciar à vitória no grande conflito. Fora por buscar exaltar-se acima do Filho de Deus, que Satanás pecara no Céu. Prevalecesse ele agora, e seria isso a vitória da rebelião.


Quando Satanás declarou a Cristo: O reino e a glória do mundo me foram entregues, e dou-os a quem quero, disse o que só em parte era verdade, e disse-o para servir a seu intuito de enganar. O domínio dele, arrebatara-o de Adão, mas este era o representante do Criador. Não era, pois, um governador independente. A Terra pertence a Deus, e Ele confiou ao Filho todas as coisas. Adão devia reinar em sujeição a Cristo. Ao atraiçoar Adão sua soberania, entregando-a às mãos de Satanás, Cristo permaneceu ainda, de direito, o Rei. Assim disse o Senhor ao rei Nabucodonosor: "O Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens; e os dá a quem quer". Dan. 4:17. Satanás só pode exercer sua usurpada autoridade segundo Deus lho permita.

Quando o tentador ofereceu a Cristo o reino e a glória do mundo, estava propondo que Ele renunciasse à verdadeira soberania do mesmo e mantivesse domínio em sujeição a Satanás. Era este o mesmo domínio em que os judeus fundavam as esperanças. Desejavam o reino deste mundo. Houvesse Cristo consentido em oferecer-lhes tal reino, com alegria tê-Lo-iam recebido. Mas a maldição do pecado, com todas as suas misérias pesaria sobre esse reino. Cristo declarou ao tentador: "Vai-te, Satanás; porque está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus, e só a Ele servirás". Mat. 4:10.

Os reinos deste mundo eram oferecidos a Cristo por aquele que se revoltara no Céu, com o fim de comprar-Lhe a homenagem aos princípios do mal; mas Ele não seria comprado; viera para estabelecer o reino da justiça, e não renunciaria a Seu desígnio. Com a mesma tentação aproxima-se Satanás dos homens, e tem aí mais êxito do que obteve com Jesus. Oferece-lhes o reino deste mundo, sob a condição de lhe reconhecerem a supremacia. Exige que sacrifiquem a integridade, desatendam à consciência, condescendam com o egoísmo. Cristo lhes pede que busquem primeiro o reino de Deus, e Sua justiça, mas o inimigo põe-se-lhes ao lado, e diz: "Seja qual for a verdade sobre a vida eterna, para conseguir êxito neste mundo, precisas servir-me. Tenho nas mãos teu bem-estar. Posso dar-te riquezas, prazeres, honra e felicidade. Dá ouvidos a meu conselho. Não te deixes levar por extravagantes idéias de honestidade ou abnegação. Prepararei o caminho adiante de ti". Assim são enganadas multidões. Consentem em viver para o serviço do próprio eu, e Satanás fica satisfeito. Enquanto os seduz com a esperança do domínio do mundo, ganha-lhes domínio sobre a alma. Oferece aquilo que não lhe pertence conceder, e que há de ser em breve dele arrebatado. Despoja-os, entretanto, fraudulosamente, de seu título à herança de filhos de Deus.

Satanás pôs em dúvida a filiação divina de Cristo. Na maneira por que foi sumariamente despedido, teve a irrefutável prova. A divindade irradiou através da humanidade sofredora. Satanás foi impotente para resistir à ordem. Torcendo-se de humilhação e raiva, foi forçado a retirar-se da presença do Redentor do mundo. A vitória de Cristo fora tão completa, como o tinha sido o fracasso de Adão.

Assim podemos resistir à tentação, e forçar Satanás a retirar-se de nós. Jesus obteve a vitória por meio da submissão e fé em Deus, e diz-nos mediante o apóstolo: "Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós". Tia. 4:7 e 8. Não nos podemos salvar do poder do tentador; ele venceu a humanidade, e quando tentamos resistir em nossa própria força, tornamo-nos presa de seus ardis; mas "torre forte é o nome do Senhor; para ela correrá o justo, e estará em alto retiro". Prov. 18:10. Satanás treme e foge diante da mais débil alma que se refugia nesse nome poderoso.

Havendo partido o adversário, Jesus caiu exausto por terra, cobrindo-Lhe o rosto a palidez da morte. Os anjos do Céu haviam testemunhado o conflito, contemplando seu amado Capitão enquanto passava por inexprimíveis sofrimentos para nos abrir a nós um meio de escape. Resistira à prova - prova maior do que jamais seremos chamados a suportar. Os anjos serviram então ao Filho de Deus, enquanto jazia como moribundo. Foi fortalecido com alimento, confortado com a mensagem do amor do Pai, e com a certeza de que todo o Céu triunfara com Sua vitória. 

Reanimado, Seu grande coração dilatou-se em simpatia para com o homem, e saiu para completar a obra que iniciara; para não descansar enquanto o inimigo não estivesse vencido, e nossa caída raça redimida.Jamais poderá o preço de nossa redenção ser avaliado enquanto os remidos não estiverem com o Redentor ante o trono de Deus. Então, ao irromperem as glórias do lar eterno em nossos arrebatados sentidos, nos lembraremos de que Jesus abandonou tudo isso por nós, que Ele não somente Se tornou um exilado das cortes celestiais, mas enfrentou por nós o risco da derrota e eterna perdição. Então, lançaremos aos pés nossas coroas, erguendo o cântico: "Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória e ações de graças." Apoc. 5:12

16 agosto 2016

O EVANGELHO SEGUNDO ISAÍAS

Não muito tempo atrás, houve uma descoberta perto de Tel Megiddo, no Norte de Israel. Foi uma inscrição dedicatória em grego, encontrada nos escombros de uma igreja do Século III. Nela se lia: “Akeptous [nome de mulher], que ama a Deus, ofereceu a mesa [possivelmente uma mesa de Santa Ceia] a Deus Jesus Cristo como memorial”.As palavras “Deus Jesus Cristo” revelam como os cristãos primitivos – formados de crentes judeus e gentios – consideravam Jesus, mesmo antes do Concílio de Nicéia (325 d.C.), que afirmou que Deus é uma Triunidade.

 Aproximadamente 1.000 anos antes, o profeta judeu Isaías havia mencionado a mesma coisa (Is 48.16).Muitas das profecias de Isaías, de fato, enfocavam a pecaminosidade da humanidade e um Redentor divino que estava por vir, de forma que Isaías é mencionado como o primeiro evangelista da Bíblia; e o Livro de Isaías é freqüentemente chamado de “O Livro da Salvação”.O Dr. Victor Buksbazen, cujo comentário sobre Isaías é um trabalho definitivo sobre o assunto, escreveu: 

 O nascimento dEle como criança indica Sua humanidade. Que Ele nos tenha sido dado (lanu - “para nós”, em hebraico) como filho, enfatiza o fato de que Ele é um presente de  Deus para o Seu povo. Seu caráter sobrenatural é mais tarde indicado pelo fato de que (...), de uma maneira peculiar, Deus confiou a Ele o governo sobre o Seu povo. (...) Os peculiares quatro nomes duplos dados à criança enfatizam Seu caráter divino.[3] O povo de Israel via Deus como seu Salvador.

 Suas experiências no Êxodo e suas caminhadas pelo deserto o convenceu que somente Deus pode salvar.Buksbazen também disse que os comentadores judeus não contestaram a natureza messiânica da profecia “até os tempos modernos, em que a controvérsia cristológica tornou-se muito acalorada”.[4] Na verdade, o Targum Jonathan, uma tradução do aramaico e comentário da Bíblia hebraica, datado do primeiro século, parafraseou Isaías 9.6 da seguinte forma:“Pois, a nós um Filho nasce, a nós um Filho é dado: e Ele receberá a Lei sobre Si para guardá-la; e Seu nome é chamado desde a Antigüidade, Maravilhoso, Conselheiro, Eloha [Deus nas Alturas], O Poderoso, O Que Habita na Eternidade, O Messias, porque a paz será multiplicada sobre nós em Seus dias”.

Esta visão rabínica concorda com o profeta Isaías, de que o Filho que “nasceu” e “foi dado” é Deus.Qualquer pessoa que conhecesse e entendesse a profecia de Isaías deve ter-se regozijado quando soube o que o anjo disse aos pastores em Belém: “É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11). O Messias divino havia chegado e redimiria Seu povo.

O Único Caminho de Isaías


O Cântico do Servo Sofredor em Isaías 52.13-53.12 é considerado como o pináculo mais elevado das profecias de Isaías. Uma leitura não-tendenciosa não pode levar a qualquer entendimento a não ser aquele de um Messias que sofre, morre e ressuscita para trazer redenção eterna a Seu povo: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.5).O Servo Sofredor é o Salvador Sofredor. John Richard Sampey (1863-1946), um estudioso que mais tarde tornou-se presidente do Seminário Teológico Batista do Sul, disse relativamente a Isaías 53:A aplicação ao Novo Testamento desta grandiosa profecia sobre Jesus não é uma acomodação de palavras originalmente faladas sobre Israel como nação, mas o reconhecimento do fato de que o profeta pintou antecipadamente um retrato do qual Jesus Cristo é o original.[5]A mensagem do evangelho de Isaías não é muito diferente do evangelho que pregamos hoje. Ela segue:Deus é santo (Is 43.15)Todos pecaram contra Deus (Is 59.12)O pecado separa o homem de Deus (Is 59.2)O Messias tratará da questão do pecado (Is 53.6)Devemos buscá-lO e clamar por Seu nome para recebermos redenção.Os rabinos certa vez declararam: “Todos os profetas profetizaram relativamente aos, ou até os, dias do Messias” (Talmud Sanhedrin 99a). Quando Jesus esteve na sinagoga de Nazaré, talvez uns poucos tenham percebido o cumprimento das profecias de Isaías. Quão bem-vindas estas boas-novas devem ter sido àqueles que creram! 


Notas:
Victor Buksbazen, The Prophet Isaiah [O Profeta Isaías] (1971: Bellmawr, NJ: The Friends of Israel Gospel Ministry, Inc., 2008), 78.Ibid., 462.Ibid., 163.Ibid.Richard Sampey, citado em Gilbert Guffin, The Gospel in Isaiah [O Evangelho em Isaías] (Nashville, TN: Convention Press, 1968), 79.

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