28 julho 2016

GUARDA TEU CORAÇÃO

"Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão." 
IS 40:31
Mas os que esperam no Senhor renovarão suas forças: A necessidade do renovo é uma constância na vida do servo, somos árvores da vinha do Senhor, árvore que não se renova, não dá frutos, e árvore que não dá fruto é cortada pelo vinhateiro. Por isso o servo necessita estar sempre buscando os renovos, esperando no Senhor, confiando a vida no Senhor. Subiram com asas como águias: O Senhor sempre usou figuras para ilustrar e simplificar suas palavras para seu povo. Quando fez menção da águia nesta afirmativa é porque a águia tem características que se correlacionam com os servos do Senhor.

a) Casca grossa que impede a alimentação, enfraquecendo-a até a morte: Cresce no bico da águia, uma casca grossa, que vai dificultando a alimentação e que pode levá-la a morte. Para se livrar desta casca, ela vai até a penha, ou rocha, e vai batendo o bico até que esta casca saia e a impeça de se alimentar. O servo do Senhor também tem seus impedimentos para se alimentar, são as lutas do dia a dia, trabalho, trânsito ..., mas como a águia vai até a rocha que é Jesus, que tira todos os impedimentos, que liberta, cura, livra, tira as cascas que impedem o servo de se alimentar.
b) Quando a águia se cansa, voa em direção ao sol com todas as sua forças, até não se aguentar mais, quando termina suas forças, ela se deixa cair em vôo rasante, se entrega completamente, e mergulha nas águas do rio recuperando suas forças: O Servo do Senhor, na hora do cansaço, da luta, das provas, ele também vai em direção a Jesus, o nosso sol da justiça, busca ao Senhor com todas as suas forças e se entrega por completo sem medidas, confia, espera tudo, e mergulha nas águas do espírito, Jesus a água viva, a palavra que salva, que liberta, que cura, que renova. Correrão, e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão: Correr porque a obra é dinâmica, não para, o momento está próximo e não há tempo a perder, não há cansaço porque todos os dias mergulhamos nas águas do espírito. Caminhamos e não nos cansamos, porque Jesus é o caminho e seu fardo é leve e seu jugo é suave, e por isso nada nos tira o fôlego de vida que recebemos por intermédio de seu sacrifício.

25 julho 2016

QUEM FOI LÍDIA NA BÍBLIA?

Lídia foi uma das mulheres descritas no Novo Testamento no período dos Apóstolos na Igreja Primitiva. A Bíblia não nos fornece muitas informações sobre Lídia, mas o pouco que sabemos já é suficiente para entendermos que essa mulher teve uma participação importante no início da história da Igreja.

A Região de Lídia:

Para não haver confusão, antes de falarmos da mulher Lídia, primeiramente é preciso citar que “Lídia” era o nome de uma região da Ásia Menor, a qual ficava algumas cidades, entre elas, Sardes, Tiatira e Filadélfia. Às vezes algumas cidades costeiras como Esmirna e Éfeso eram reputadas como cidades lídias, e outras vezes como cidades gregas. Na região de Lídia ficavam as áreas mais férteis e cultivadas da península e, além de suas riquezas naturais, sua localização era privilegiada, estando sobre as principais rotas que ligavam o interior da Ásia Menor à costa, dando às suas cidades uma grande importância comercial.

Quem foi Lídia na Bíblia:

Lídia foi uma mulher natural de Tiatira, na região de Lídia (por isso foi preciso a explicação acima), que, em Filipos, se tornou, possivelmente, uma das primeiras pessoas (se não a primeira) europeia convertida no ministério de Paulo.Quando Paulo foi para Filipos, onde Lídia vivia, o Evangelho foi pregado e Deus abriu o coração de Lídia para que ela recebesse o Evangelho (At 16:14). Depois de ser batizada, ofereceu hospedagem à Paulo, Silas e Lucas (At 16:14,15,40). Inclusive após a experiência da prisão de Paulo e Silas, ambos retornaram à casa de Lídia antes de partirem. E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia.E, depois que foi batizada, ela e a sua casa, nos rogou, dizendo: Se haveis julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu a isso. (Atos 16:14,15)E, saindo da prisão, entraram em casa de Lídia e, vendo os irmãos, os confortaram, e depois partiram. (Atos 16:40) Lídia era uma mulher de posição (At 17:4,12), sendo cabeça da família, o que significa que era viúva ou solteira. Ela era comerciante de corantes purpurinos, e dados históricos indicam que a cidade de sua cidade de origem, Tiatira, era renomada por suas tinturas de púrpura.
Ela era prosélito judia, ou seja, convertida ao monoteísmo ético do judaísmo, isto é, a religião judaica. Pode ser que nas referências pessoais de Paulo em Filipenses 4:3, Lídia esteja incluía, porém, visto que ela não é mencionada nominalmente, pode ser possível que ela já tivesse falecido ou deixado à cidade. De qualquer forma, é certo que a hospitalidade demonstrada por Lídia, se tornou tradicional na igreja de Filipos (Fp 1:5; 4:10). Quanto ao nome “Lídia”, este pode ser uma forma adjetivada como “a mulher lídia” ou “a lidiana”, pois tais nomes éticos eram comuns, mas também “Lídia” podia ser, igualmente, um nome próprio.

24 julho 2016

ARCA DA ALIANÇA NAS IGREJAS ATUAIS:

Qual o significado e função da Arca da Aliança?

No Antigo Testamento a Arca é citada cerca de duzentas vezes com pelo menos vinte e duas designações diferentes. Diante disso, a Arca da Aliança perece ter servido a várias funções ao longo do tempo. Sem dúvida, dentre todas as funções, duas se destacam como sendo as principais e fundamentais para todas as outras.
  1. A Arca da Aliança era o símbolo da presença de Deus no meio do seu povo.
  2. A Arca servia como local de armazenagem para as duas tábuas da Lei, que eram os mandamentos prescritos na aliança do Sinai. Daí o vem o nome “Arca do Testemunho” (Êx 25:16; Nm 4:5; Js 4:16). A Arca também guardava o vaso de maná e a vara de Arão (Rb 9:4,5).
Partindo desses dois conceitos básicos, podemos ver a Arca sendo considerada como o trono de Deus (1Sm 4:4; 2Sm 6:2); servindo como um guia para o povo de Israel no deserto (Nm 10:33-36); como um tipo de paládio de guerra, tendo muita ênfase na história da conquista de Jericó (Js 6), além de ter desempenhado um papel muito importante na travessia do Jordão (Js 3:4).
No tempo dos Juízes, a Arca foi levada para Silo (1Sm 1:3; 3:3), tendo já passado por Gilgal e Betel (Jz 2:1; 20:27). Ela permaneceu em Silo até ser capturada pelos filisteus. Em 1 Samuel 4:11, temos a descrição dessa captura no campo de batalha em Ebenezer, e o terrível pesar que abateu os israelitas, a qual pode ser entendido perfeitamente com a expressão “foi-se a glória de Israel”. O povo de Israel foi culpado por tal derrota e pela captura da arca por parte dos filisteus, entretanto, na ocasião, a Arca causou grandes problemas aos filisteus (1Sm 5). Após sete meses de pragas, os filisteus devolveram a Arca para Quiriate-Jearim, onde ficou por aproximadamente vinte anos (2Sm 5; 7:2)
Quando Davi subiu ao trono, ele estabeleceu que Jerusalém seria a capital política e religiosa da nação de Israel, levando para lá a Arca da Aliança. Ela ficou instalada numa tenda em Jerusalém (2Sm 6) e, posteriormente, quando Salomão construiu o Templo, a Arca ficou abrigada nele (1Rs 6:19; 8:1-9). Sabemos também que a Arca foi reposta no santuário durante as reformas de Josias (2Cr 35:3). O Profeta Jeremias também profetizou sobre um tempo em que a Arca não seria mais utilizada, pois Jerusalém deveria ser chamada de trono de Deus (Jr 3:16). Após essas referências, os livros históricos do Antigo Testamento raramente se referem à Arca, mas provavelmente ela continuou sendo usada em grandes festas religiosas em Jerusalém. Alguns Salmos (24, 68, 118, 132) fazem referências a cerimônias onde a Arca da Aliança pode ter sido utilizada. Na ocasião, muito provavelmente, ela teria sido carregada na frente pelos sacerdotes.
Um caso que vale ser citado é a imprudência diante da Arca da Aliança no episódio envolvendo Uzá (2Sm 6:7). Esse evento causos temor no próprio rei Davi, que enviou a Arca para a casa de Obede-Edom, ficando ali por três meses (2Sm 6:9-11).

Onde está a Arca da Aliança?

Existe muita especulação sobre onde está a Arca da Aliança e, frequentemente, esse assunto é tema de documentários, filmes e até mesmo serve de assunto base para algumas teorias conspiratórias. A grande verdade é que o paradeiro final da Arca é um mistério.
Os estudiosos defendem uma hipótese plausível de que a Arca da Aliança foi perdida durante a destruição de Jerusalém pelos Babilônicos por volta de 587 a.C. Essa sugestão explora principalmente a referência já citada do capítulo 3 nd livro de Jeremias.
Existem referências nos livros apócrifos que afirmam que Jeremias teria escondido a Arca da Aliança em uma caverna no Monte Nebo, juntamente com a tenda e o altar de incenso, antes da destruição de Jerusalém. Porém, os estudiosos ressaltam a grande improbabilidade de isso ter ocorrido.
Particularmente, penso que a melhor definição sobre onde está a Arca da Aliança, depende da nossa compreensão sobre o papel importante e específico que ela desempenhou no início da História de Israel, sobretudo, como símbolo visível da presença de Deus. Passado essa finalidade, o próprio Deus permitiu que ela fosse tomada e destruída, evitando que ela se tornasse o maior alvo de idolatria já visto.

A Arca da Aliança nas igrejas atuais:

Esse tópico está diretamente ligado ao assunto anterior no que diz respeito à finalidade já cumprida da Arca da Aliança. Falando em idolatria, não faltam réplicas da Arca da Aliança nas igrejas evangélicas brasileiras. De chaveiro a decoração de púlpito, a figura da Arca é empregada em grande escala.


Nesse caso, falta uma clara compreensão do verdadeiro papel e significado da Arca ao longo da História. Na verdade, penso que muitos líderes até conhecem a utilização completamente equivocada da Arca na atualidade, porém sua aplicação como importante elemento nas estratégias de marketing dessas denominações faz com que esses líderes acabem “engolindo” mais essa heresia. Aliás, uma heresia a mais ou uma heresia a menos para o chamado “evangelicalismo brasileiro” parece não fazer diferença. Nesse cenário, a Arca é apenas mais um item na capitação de novos fiéis. Muitas dessas igrejas também usam shofar, candelabro, tem na figura de seu pastor um verdadeiro sacerdote, seus cantores são levitas e empunham com força um novo evangelho judaizante.
Para quem realmente tem preocupação sobre a legitimidade ou não da utilização da réplica da Arca da Aliança e dos demais elementos utilizados nos cultos do Antigo Testamento em nossos dias, indico uma leitura cuidadosa da Epístola aos Hebreus, principalmente o capítulo 9. Segundo o autor de Hebreus, voltar a essas práticas é retornar a um estágio anterior da revelação de Deus, trocando o definitivo pelo que era temporário. Diante disso, ele faz uma exortação à perseverança na fé, mostrando a superioridade de Cristo em relação à religiosidade revelada no Antigo Testamento, onde tais elementos serviam para apontar para a obra definitiva e completa realizada por Jesus. A Arca da Aliança no Antigo Testamento era o símbolo máximo da presença de Deus e da propiciação, mas agora em Cristo, temos nEle a revelação real de Deus (Cl 1:15) e a propiciação perfeita pelos nossos pecados. Na Epístola aos Romanos, o Apóstolo Paulo nos ensina que Deus ofereceu Jesus como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça (Rm 3:25).

Para finalizar, melhor do que qualquer argumento meu, cito mais uma vez o mesmo Paulo escrevendo sua Epístola aos Gálatas:
Antes que viesse esta fé, estávamos sob a custódia da lei, nela encerrados, até que a fé que haveria de vir fosse revelada. Assim, a lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Agora, porém, tendo chegado a fé, já não estamos mais sob o controle do tutor. Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram.(Gálatas 3:23-27).

SAL EM NÓS MESMOS

Sabemos que o sal possui muitas características, porém as duas mais importantes certamente são as exploradas por Jesus no ensinamento deste versículo: sabor e antisséptico. Uma das funções mais importantes do sal nos dias de Jesus era justamente o poder de preservar os alimentos, impedindo a deterioração, além de ser um tempero.

Mas o que isso tem haver com nós cristãos?
Qual o objetivo deste ensino de Jesus?
De forma semelhante ao sal que possui a função de preservação, os cristãos verdadeiros devem estar constantemente combatendo a corrupção moral e espiritual na sociedade. Da mesma forma com que o sal age secretamente, no sentido que não podemos ver sua ação preservativa ou como tempero, mas facilmente podemos senti-lo, assim também acontece com a presença da Igreja neste mundo. Muitas vezes parece que a ação dos cidadãos do Reino no mundo é nula ou quase invisível. Porém, somente Deus é quem sabe o quão mais perverso e depravado seria esse mundo ímpio sem a presença, o exemplo e as orações dos santos. Todavia se o sal se tornar insípido, ou seja, sem sabor, para nada servirá. Não temos muita familiaridade com esta observação, pois estamos acostumados a comprar o sal já selecionado nas prateleiras do supermercado. Porém, nos dias de Jesus, o sal era retirado principalmente da região do Mar Morto, mas havia alguns pântanos e lagoas naquela região que, pelo contato com o cálcio e outras substâncias, o sal retirado destes locais adquiria um sabor alcalino, tornando-o inútil.
Naquela época havia muitos fariseus que se orgulhavam de sua religiosidade e legalismo, porém isso nada tinha haver com a verdadeira essência das Escrituras anunciadas pelos antigos profetas. Eles haviam se misturado, haviam perdido o sabor e não serviam para mais nada, a não ser para serem lançados fora (Mt 8:12).
Que alerta importante e, ao mesmo tempo, aterrorizante para todos nós. Que Deus possa nos guardar do farisaísmo e da religiosidade adultera que têm tomado conta de muitos intitulados cristãos, que pensam ser, eles mesmos, sal da terra, mas não passam de uma mistura monótona e sem sabor. 
Devemos ser o sal do mundo, ou seja, ter sal em nós mesmos (Mc 9:50), para que possamos promover a verdade, bondade e a paz. Certamente isso só é possível pela graça, quando a Palavra de Deus, aplicada pelo Espírito Santo tenha nos transformado em novas criaturas, a ponto de não nos conformarmos mais com o padrão deste mundo.
Em Fim:
Se nossos exemplos não refletir um ser regenerado, então para nada servirá a nossa pregação. Sempre devemos nos lembrar de que muitas pessoas nunca abriram a Bíblia para ler, mas estão, constantemente, lendo as nossas vidas.

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